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domingo, 4 de novembro de 2007

A tragédia da TAM (visão espiritual)

VISÃO ESPIRITUAL SOBRE A CATÁSTROFE DO A 320 DA TAM EM CONGONHAS.

Desde o início da epopéia humana, as mortes coletivas acontecem e, no início, as causas eram sempre naturais.
Na contemporaneidade o maquinário tão necessário à vida moderna é às vezes o que acaba gerando tanta dor, tanto desespero.
Foi assim com o acidente nuclear de Chernobyl em abril de 1986, considerado o pior acidente nuclear da história. A radioatividade atingiu a União Soviética, a Europa Oriental, a Escandinávia e o Reino Unido.
Outro grande evento que patrocinou uma grande dor humana foi o ataque ao World Trade Center. Quatro aviões foram seqüestrados e dois deles se chocaram contra as Torres Gêmeas em Manhattam – N.Y.
Em outubro de 2.006, o vôo 1907 da GOL caiu com 154 pessoas a bordo. Os destroços do avião foram encontrados dentro de uma área densa da Floresta Amazônica, na Serra do Cachimbo. Não houve sobreviventes.
Em menos de 10 meses depois da última queda, mais um episódio desta vez, em Congonhas, o maior aeroporto do país – o TAM Jesus Cristo 3054 não consegue pousar em segurança. Ao invés disso, passa em alta velocidade na pista aeroportuária e arremete-se num outro lado de uma grande avenida encostada no aeroporto. Na tragédia 199 pessoas morreram. O episódio balança os corações mais duros. São mães, pais, filhos, profissionais, crianças e jovens q partem coletiva e violentamente.
Será que a justiça divina estava presente? Será que todos os que partiram no evento deveriam ter partido realmente desta forma? Onde estava Deus naquele momento? Por que todos morreram daquela forma?
Realmente esses desastres que acontecem – às vezes com causas naturais – como os tsunamis, chocam muito porque aí existe uma morte coletiva, pessoas que não se imaginava pudessem morrer tão cedo e abruptamente, naquele determinado momento – uma morte súbita é o que sempre choca um pouco mais.
Vidas tão jovens que nem tiveram tempo de ter sua experiência aqui na terra como o caso do bebê, da mãe gravida... um momento de tristeza, que acaba afetando não só os familiares, mas toda a população, porque isso acaba trazendo, inclusive, uma certa insegurança em relação ao transporte aéreo.
As pessoas precisam viajar e ficam com muito medo. E isso tudo cria um clima emocional que afeta todas as pessoas e não somente aquelas diretamente envolvidas nesse processo tão triste.
Sabemos que sofrimentos, guerras, são resultados das nossas ações e nós vivemos nossas escolhas feitas ao longo das nossas existências... mas não podemos deixar de nos perguntar qual seria a finalidade desse sofrimento todo.
Talvez tenhamos que reconhecer também que os maiores sofrimentos do ser humano, são de natureza social e moral, estes bem além dos físicos. Tudo em nome do processo de construção da perfeição e da felicidade. Nós vemos em acidentes desses as falhas que existem na tecnologia, que o ser imperfeito de um mundo de provas e sofrimentos desenvolve, uma característica enfim, que está em tudo. Esta imperfeição é que acaba gerando essas mortes coletivas. Mas no final das contas, estão dentro do contexto da lei de ação e reação. Nós observamos também dentro desse processo desastres morais que o homem provoca, por exemplo, a primeira guerra mundial, que foi o livre arbítrio de uma coletividade a favor do conflito armado, gerando oito milhões de mortes; a guerra do Vietnã, com perda de milhares de vidas... o holocausto ocorrido na segunda guerra mundial provocou, no mínimo, mais seis milhões de mortes... e tantos outros milhões e milhões de mortos gerados em inúmeros conflitos desse tipo provocados unicamente pela vontade do homem.
O processo da morte, tem assim que ser levado com naturalidade. Assim só nos resta encontrar o consolo para um bem-sofrer e encontrar uma resposta adequada para o que seria um bem-sofrer.
Temos apenas a certeza de que o sofrimento daqueles que partem de forma tão violenta, é o nosso sofrimento também, porque estamos aqui e não sabemos quando iremos partir e se também poderemos fazer parte de uma morte coletiva. Enfim, todos estamos submetidos à mesma lei. Temos a consciência de que fazemos parte desse processo de evolução coletiva.
Outro fato que nos entristece bastante nesses acontecimentos é que as pessoas ficam quase que inertes, só assistindo as cenas pela TV e lendo sobre a tragédia nas revistas. Ninguém, ou quase, se recolhe intimamente em prece, em meditação, orando pelas vítimas que partiram e pelos que aqui ficaram e estão vivendo um momento de profunda dor.
Tenhamos certeza absoluta de que a misericórdia de Deus estava ali também presente nesse desastre aliviando o sofrimento daqueles que ali se encontravam. Também amparando todas as famílias que perderam seus entes queridos, levando consolação, esperança e um pouco de paz. sabemos da tristeza que envolve a todos e que não é absolutamente um momento fácil, mas eles também precisam colaborar, fazendo preces, lendo a Bíblia, conversando com líderes religiosos, ouvindo palestras ecumênicas. É nesses momentos que a presença de Deus e Seu espírito deve se fazer mais constante em nossas vidas.
Aqueles que ficaram aqui, sofrendo esse processo difícil de perda, devem se ligar a seu sentimento religioso, espiritual.
A melhor maneira de continuarmos vivendo uma vida baseada nos princípios de Deus para nós e para o próximo. Dando maior importância a nosso espírito, à nossa evolução mental, psíquica e espiritual, procurando crescer que cada dia em inteligência e amor.

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