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domingo, 4 de novembro de 2007

O perdão das ofensas

O PERDÃO DAS OFENSAS.

São com exemplos de misericórdia que conquistaremos os corações endurecidos, alcançando por nossa vez a paz interior, equilíbrio e harmonia almejados. E o mais importante: ao perdoarmos, estaremos superando a nós mesmos, uma vez que ainda precisamos da bondade e misericórdia de Deus.
Jesus recomendou: “reconciliai-vos o mais depressa com vosso adversário, enquanto estais com ele no caminho, a fim de que ele não vos entregue ao juiz e este à prisão. E vos digo, que não saireis de lá, enquanto não pagardes até o último ceitil.” Mateus 5. 25-26.
O juiz é a nossa consciência culposa e a prisão, o ingresso no corpo físico, experimentando reparações dolorosas ou difíceis, até que transformemos o mal que causamos em bem, através das obras de amor.
Jesus nos alertou: “Perdoai para que Deus vos perdoe; se perdoardes as faltas que vos fazem, também o Pai Celestial vos perdoará.” Mateus 5. 14-15.
Amor e dor, expressões do amor divino, têm o poder de transformar em perdão e amor as amargas e dolorosas provações e expiações por culpas, erros, leviandades, mágoas e ódios.
Pecados perdoados significam dívidas expiadas e passado ressarcido. Foi por isso que Jesus ao curar um paralítico disse: “levanta-te e anda, seus pecados foram perdoados”. Isto significa, que o paralítico já havia expiado com paciência, resignação, coragem e esforço o seu passado. Libertando-se e predispondo-se à cura. Foi pensando em nossa melhoria que Jesus também alertou: “Perdoai, para que Deus vos perdoe. Se perdoardes as faltas que vos fazem, também o Pai Celestial vos perdoará.” Mateus 5. 14-15. E Pedro perguntou então ao Mestre: “Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão, quando ele tiver pecado contra mim, será até sete vezes?” Jesus responde: “Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” Mateus 18.15, 21-22. Jesus demonstrando que para o perdão não poderia haver limites.
Mas o perdão referido por Jesus há de ser sincero, partindo do coração, esquecendo-se a ofensa recebida.
Através da prece do Pai Nosso, ensinou-nos o Mestre que podemos, sim, pedir a Deus que nos perdoe, desde que estejamos comprometidos, por nossa vez a perdoar aqueles que nos ofendem. Deus nos perdoa sempre. Não podemos, portanto, alimentar idéias errôneas de que Ele nos castiga, uma vez que fomos criados pelo Seu infinito amor e Ele aguarda com paciência nosso despertar e boa-vontade para o bom uso do livre-arbítrio.
Jesus recomenda o perdão irrestrito e incondicional. Só assim estaremos conquistando a felicidade t almejada por todos nós e nos aproximando da meta traçada por Deus para nossas vidas.
Certa vez, perguntaram a Ghandi, quando ele saia de uma prisão britânica, se ele perdoaria aqueles que o enviaram à prisão. Ele respondeu: “Não tenho a quem perdoar, pois não me sinto ofendido”. Jesus, também, na cruz, não se sentiu ofendido, demonstrando que conhecia nossa ignorância perante as leis de Deus, proferindo a maior lição, que ainda repercute estrondosamente em nossa íntimo: “Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem”. Com isso, deixou os ofensores entregues as suas próprias condições, ou seja “a cada um, segundo suas obras”. Sustentou em si a luz do amor, que encobre uma multidão de pecados.
O perdão ilumina, amplia as potencialidades do ser e desenvolve virtudes, Jesus, sabendo dessas possibilidades e capacidades intrínsecas da Sua criação, também disse: “Vós sois luzes, brilhai vossa luz, podeis fazer o que faço e muito mais”.
Ao pleitearmos a paz, façamos a paz em nós – tomemos consciência de que só existe ofensor, quando há ofendido, assim, coloquemos em ação o precioso bem que carregamos pela eternidade: a essência do divino amor.

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