Adicção, A.A., N.A., Doze Passos, Reflexões, Literatura, Clínica, Comunidade, Espiritualidade

TEMAS SOBRE ALCOÓLICOS E NARCOTICOS ANONIMOS, DOZE PASSOS, REFLEXOES, CLINICAS, COMUNIDADES, ESPIRITUALIDADE. ESPERO COM ESSAS MATERIAS, ESTAR COLABORANDO COM ALGUEM, EM ALGUM LUGAR, EM ALGUM MOMENTO DE SUA VIDA !

domingo, 4 de novembro de 2007

mal de ozheimer

Zona Sul** reunião Informativa Colégio Arquidiocesano: na ultima 5a.feira do mêsà s 20:00 horas *Coordenadora*: Eliane Mayumi Kato*E-mail*: elimkato@yahoo.com.br *Endereço*: Rua Domingos de Moraes, 2565 – Vila Mariana * GA Hospital Santa Catarina: na última 6a.feira do mês à s 14:00 horas *Coordenadora*: Vera Bifulco*E-mail*: vbifulco@uol.com.br *Endereço*: Rua Cincinato Braga, 77 – Paraíso * GA Igreja São João de Brito: na segunda 5a.feira do mês à s 20:00 horas*Coordenadora*: Anamaria Franco de Andrade*E-mail*: anamfranco@ig.com.br *Endereço*: Rua Nebraska, 868 – Brooklin * GA Centro Paroquial de convivência da Igreja N.Sra.Aparecida: naprimeira 5a.feira do mês à s 20:00 horas *Coordenador*: Carlos Alberto Ruaro *E-mail*: carlosruaro@ajato.com.br *Endereço*: Rua Irací, 191 – Moema*Informações*: 5051-2939
sugestões para a prática do dia-a-dia As seguintes sugestões foram extraídas das experiências de outroscuidadores. Você poderá¡ ter dificuldades em adotá-las, mas lembre-se:ninguém é perfeito e você familiar/cuidador está¡ fazendo o máximo possível. • *Banho e higiene pessoal:* o portador de DA pode esquecer danecessidade de banhar-se ou mesmo de como fazê-lo. Nesta situação éimportante respeitar a dignidade da pessoa quando oferecer ajuda.sugestões: - manter a rotina do banho o máximo possível;- procurar fazer do horário do banho um momento de relax; - em alguns casos, o chuveirinho pode ser melhor do que o chuveiro e bem melhor do que uma banheira; - simplifique esta tarefa o máximo possível; - se o portador recusar o banho naquele momento, aguarde um pouco mais;- permita que o portador banhe-se por si próprio, fazendo por elesomente quando não houver mais condições; - se o portador sentir-se embaraçado, pense que, se possível, este auxilio deva ser dado por um cuidador do mesmo sexo; - procure tornar o banheiro seguro utilizando barras de segurança e cadeiras; - se o ato do banho tornar-se sempre um momento de conflito, procureorientação ou ajuda especializada. • *Vestir-se:* o portador de DA freqüentemente esquece como se vestir e ainda pode não reconhecer a necessidade de mudar suas roupas. Algumasvezes, ele pode aparecer em público com roupas inapropriadas.sugestões: - procure deixar as roupas na ordem para que o portador possavestir-se por si próprio;- selecione previamente três mudas de roupa e permita escolha independente;- evite roupas com acessórios complicados, como cintos, botões, fivelas, etc.; - encoraje a independência no vestir-se por maior tempo possível. Nunca o apresse. ORIENTE-O!!!; - se o portador gostar de determinada roupa, procure ter dois modelos iguais para que ele se sinta confortável;- não utilize sapatos com solado de couro, prefira os calçados com solado antiderrapante. Evite chinelos. • *incontinência:* o portador de DA pode perder a habilidade dereconhecer quando ir ao banheiro, onde é o banheiro ou ainda, o quefazer quando vai ao banheiro.sugestões: - organize horários para o portador ir ao banheiro. Observe oshábitos (horários) das eliminações vesicais e intestinais, e conduza-o para ir ao banheiro em intervalos regulares de tempo; - colocar na porta do banheiro cartaz indicativo com letras grandes e cores vivas; - deixe a porta do banheiro aberta e à noite deixe com uma luz acesa;- verifique se as roupas utilizadas são fáceis de serem tiradas; - limite a ingestão de líquidos perto da hora em que o portador costuma deitar-se. Ofereça líquidos até as 17:00 horas, por exemplo;- procure orientações especializadas e profissionais. • *Cozinhar:* o portador de DA perde sua habilidade em cozinhar conformea progressão da doença. Este fato representa um sério problema caso oportador viva sozinho ou insista em preparar pessoalmente a alimentaçãoda família; a dificuldade na coordenação motora e a falta de percepçãodos perigos que o ato de cozinhar oferecem, podem levar o portador asofrer riscos desnecessários em sua própria casa.sugestões: - verifique o quanto que o portador ainda apresenta na habilidade de cozinhar; - ajude-o a tornar o ato de cozinhar uma atividade prazerosa e compartilhada entre cuidador e portador. Dê a ele tarefas simples que não ofereçam perigo; - instale equipamentos seguros; - retire os elementos cortantes da cozinha ou aqueles que ofereçam riscos. • *Alimentação:* o portador de DA freqüentemente esquece que já¡ sealimentou ou até mesmo como usar os talheres. O momento da refeiçãoprecisa ser acompanhado e supervisionado e, em alguns casos, o portadorprecisa ser alimentado pelo seu familiar/cuidador. Alguns problemaspoderão surgir como, por exemplo, a dificuldade de deglutição e engasgos.sugestões: - o familiar deve orientar o ato de alimentar; - usar alimentos que podem ser manipulados com as mãos;- cortar os alimentos em pequenos pedaços e, em alguns casos, estes devem ser triturados; - lembrar o portador de comer vagarosamente; - certifique-se da temperatura dos alimentos; quando estes estão muito quentes podem ocasionar queimaduras na boca e na língua do portador; - quando o portador apresentar dificuldades de deglutição(caracterizada por pigarros à s refeições e/ou pequenos engasgos),consultar o médico ou fonoaudiólogo para aprender as técnicas que estimular a deglutição;- servir uma pequena porção de alimentos de cada vez. • *Dirigir: *o ato de dirigir para uma pessoa portadora de DA torna-semuito perigoso, uma vez que os reflexos são mais lentos e a percepçãoencontra-se comprometida, podendo ocasionar graves acidentes para oportador e terceiros.sugestões: - discuta gentilmente o assunto com o portador mostrando as dificuldades e os perigos; - sugira outro tipo de transporte; - verifique quem na família pode estar dirigindo o carro quando necessário; - se necessário, guarde as chaves do carro em local seguro ou retireuma peça do carro impedindo que ele funcione; - sugira a venda do automóvel argumentando necessidade de recursos financeiros. • *álcool e cigarros:* desde que não exista proibição médica ouproblemas de interação medicamentosa, o portador de DA pode utilizarbebidas alcoólicas desde que supervisionado e em pequenas quantidades:por exemplo, um a dois cálices de vinho tinto por dia. Já o cigarro poderepresentar grande perigo, além dos já¡ conhecidos riscos para a saúde.Porém, pode ser muito difícil cessar o hábito de fumar.sugestões: - reduza o número de cigarros por dia; - supervisione o portador quando estiver fumando;- desencoraje o hábito de fumar, buscando orientação com o médico; - converse com o médico sobre a possibilidade ou não de ingestão deálcool. • *Dificuldade para dormir:* o portador de DA costuma apresentardificuldades para dormir invertendo o dia pela noite e isto acaba porcausar um desgaste enorme ao cuidador. sugestões: - não permita o sono durante o dia, envolva o portador em atividades agradáveis;- peça ajuda do portador para tarefas simples;- procure motivá-lo a caminhar e dar sempre atividades físicas ao portador durante o dia; - certifique-se que a cama e as roupas usadas para dormir sejam as mais confortáveis; - procure deixar o ambiente do quarto o mais repousante possível. • *Comportamento repetitivo e impróprio:* o portador de DA podeesquecer-se do que acabou de dizer e do que fez há¡ pouco tempo,levando-o a repetir inúmeras vezes sua fala e atos. Também é bastantecomum o portador de DA ser a sombra de seu familiar/cuidador – está¡sempre atrás indo a todos os lugares aonde o familiar/cuidador vai. Estecomportamento torna-se desgastante e irritante para quem cuida,cerceando sua liberdade; entretanto, isto pode representar insegurançado portador ou até mesmo medo de que o familiar vá¡ embora e não voltemais – transmita confiança através de palavras e gestos carinhosos.Outro comportamento que pode vir a ocorrer é quando o portador despe-sena frente de visitas ou de outros familiares, quando manipula agenitália ou ainda quanto toca outros de maneira imprópria.sugestões: - opte por vestuário confortável, adaptado às condições climáticas. Lembre-se que a capacidade de critica e de julgamento pode estarcomprometida, e uma simples sensação de calor pode levar o portadora despir-se em público; - lembre-o para ir ao banheiro em intervalos regulares de tempo;- distraia a atenção do portador, oferecendo-lhe algo para ouvir, ver ou fazer; - incentive-o a fazer uma nova atividade física; abrace-o e tranqüilize-o, se for o caso. *• Perder coisas e acusar:* o portador de DA esquece-se de onde colocouos objetos e por isso ele poderá¡ acusar o familiar/cuidador ou outraspessoas de o terem roubado. Este comportamento é causado pelainsegurança combinada com o sentimento da perda de memória.sugestões: - descubra quais são os esconderijos preferidos do portador;- mantenha cópia de objetos importantes como, por exemplo, as chaves; - verifique os cestos de lixo antes de descartai-los;- responda as acusações do portador gentilmente e nunca na defensiva; - concorde com o portador que aquele objeto está¡ desaparecido eajude-o a encontrá-lo. • *Alucinações: são relativamente comum a presença de alucinações; oportador de DA pode ouvir e ver pessoas, objetos, animais ao seu lado,no quarto, embaixo da cama, etc. Pode também se olhar no espelho econversar consigo mesmo como se fosse um velho amigo; em alguns casos, asua imagem refletida no espelho pode agitá-lo, pois pensa que se tratade alguém que veio roubá-lo ou fazer-lhe algum mal.sugestões: - não discuta com o portador sobre a veracidade do que ele está¡vendo ou ouvindo, tente identificar a causa da alucinação; ela podeestar no ambiente do portador, como um objeto de decoração colocadoem uma sala mal iluminada, uma planta que balança com o vento e produz sombra, etc.; - mantenha luminosidade adequada; - quando o portador mostrar medo, conforte-o com voz calma e segure sua mão para transmitir-lhe segurança;- distraia a pessoa chamando sua atenção para algo real no ambiente; - verifique com o médico sobre eventuais medicamentos que estão sendo usados e que podem estar contribuindo para o problema. • *Relacionamento sexual:* a DA usualmente não afeta o relacionamentosexual, mas a atitude de seu portador pode estar alterada. Abraçá-logentilmente pode trazer-lhe satisfação e permitirá¡ que o cônjuge saibase ele está¡ apto ou disposto a uma maior intimidade. É necessário serpaciente. O portador pode não responder da mesma maneira que antes ouaté mesmo parecer que perdeu o interesse. Para alguns casais, acontinuidade da intimidade sexual continua a ser uma parte satisfatóriado relacionamento. O oposto também pode ocorrer. O portador pode terinteresse excessivo pelo sexo de maneira a deixar seu cônjuge numaposição de desconforto, levando-o a sentir-se culpado se dormirseparadamente ou em outro quarto.sugestões: - procure ajuda de outros familiares ou amigo(s) de sua confiança; - não tenha receio de discutir este assunto com um profissional, quefoi treinado para ouvi-lo e ajudá-lo. • *Perambulação: *este é o problema mais comum apresentado pelo portadorde DA e que o familiar/cuidador precisará¡ se preparar. O portadorcaminha quilômetros dentro de casa e se sair de casa desacompanhadopoderá¡ vir a se perder – procure colocar etiquetas internamente novestuário ou cartazes com identificações do nome, endereço e telefone doportador e de seus familiares. segurança é a primeira regra para cuidarde uma pessoa portadora da doença. É sempre conveniente que osfamiliares tenham fotos recentes do portador, para o caso de eventualperda e da necessidade de solicitar ajuda.sugestões: - verifique se a casa está¡ segura (tapetes, escadas, piscina, etc.) e se o portador está¡ usando calçados adequados; - certifique-se de que a saída do portador da casa seja de seu conhecimento instalando guizos na porta ou no portão e escondendo as chaves de casa; - se ainda assim o portador sair de casa e se perder, quando for achado não demonstre raiva ou nervosismo – fale com ele calmamente tocando-o com carinho. • *violência e agressividade:* de tempos em tempos, o portador de DApode apresentar raiva, agitação ou agressividade e isto pode acontecerpor uma série de razões como: sensação da perda do controle social e dodiscernimento; perda da habilidade de expressar sentimentos e deentender as ações de outras pessoas. Pode significar também algumproblema de saúde como desidratação, infecções que podem ser urinariasou pulmonares, ou ainda outro mal estar. Atenção! mudançascompartimentais súbitas e persistentes não são esperadas; se ocorrerem,contate seu médico.sugestões: - mantenha calma e não demonstre medo ou ansiedade;- procure chamar a atenção do portador para uma atividade mais calma;- dão mais espaço a ele;- procure descobrir o motivo desta reação e evite-o no futuro; - se a agressividade persistir ou se tornar mais freqüente, o familiar/cuidador precisa procurar ajuda conversando com o médico e com outros familiares que possam colaborar nos cuidados do portador. • *depressão e ansiedade:* o portador de DA pode apresentar períodos dedepressão que conduzem a um comportamento introspectivo e infeliz, eisto acaba por afetar sua atividade de vida diária, uma vez que perdeinteresse pelas coisas que antes fazia e até mesmo pela alimentação,fato responsável por quadros de desnutrição e desidratação, e que geramgrande aflição ao familiar/cuidador.sugestões: - converse com o médico do portador, e dão ainda mais amor a este portador; - procure ajuda especializada para você mesmo entender o problema que está¡ ocorrendo; - não espere que esta depressão e ansiedade melhorem imediatamente -- procure identificar as causas e converse com o médico, se houver necessidade de ajuda terapêutica. Lembre-se: você não verá¡ melhoraimediata; este tipo de medicação exige um tempo maior de uso para apresentar resultados positivos. Rede de Atendimento Público e Portarias Em abril de 2002, o ministério da Saúde aprovou o tratamento ao portadorda doença de Alzheimer na rede pública, envolvendo não só o diagnósticoe tratamento como também a medicação e outras atenções, como:atendimento hospitalar e hospital-dia; visita domiciliar, tratamentoacompanhado por equipe multiprofissional e programa de orientação etreinamento para familiares. Não resta dúvida que foi um grande passo,porém, é necessário que agora todas estas propostas sejam concretizadas. Em 12 de abril de 2002, foram assinadas portarias autorizando otratamento da doença de Alzheimer - DA na rede pública, que forampublicadas no Diário Oficial da união, em 16 de abril de 2002. Para quetodos possam conhecê-las e saber quais os direitos que agora o portadorde DA passa a ter, apresentamos abaixo um resumo: *Portaria 702*: Cria mecanismos para organização e implantação de RedesEstaduais de assistência à saúde do Idoso e determina as Secretarias desaúde dos estados, do distrito federal e dos municípios a adoção dasprovidências necessárias para a implantação de redes de assistência aoidoso.- Cria também os Centros de referência em atenção à saúde do idoso, comhospital que dispõe de condições técnicas, instalações físicas,equipamentos, recursos humanos etc., com disponibilidade para internaçõeshospitalares, atendimento ambulatorial especializado, hospital-dia,assistência domiciliar, no total de 74 em todo o Brasil, paraatendimento a todos os aspectos da saúde do idoso. *Portaria 703*: Institui, no âmbito do SUS, o Programa de assistênciaaos Portadores da doença de Alzheimer. Define que o programa será¡desenvolvido de forma articulada pelo ministério da saúde e pelasSecretarias de saúde dos estados, distrito federal e municípios emcooperação com as redes estaduais de assistência e centros de referênciaem assistência à saúde do idoso (estes centros serão os responsáveispelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes, orientaçãoaos familiares e cuidadores). 1) Se sua cidade não tiver Centro de referencia: acompanhar o familiardoente ao posto de saúde da cidade ou do bairro para a consulta inicialcom um médico. não esquecer de levar os últimos exames realizados (casoos tenha) e os documentos do paciente. 2) O médico do posto de saúde, dependendo da avaliação, vai encaminhar opaciente para o centro de referência ou hospital credenciado maispróximo. não esquecer de solicitar ao médico toda documentaçãonecessária para cadastrar o paciente no Programa de assistência aosPortadores da Doença de Alzheimer. 3) Se sua cidade tiver Centro de referencia: ir direto ao centro eprocurar o setor de atendimento ou de triagem. Também neste caso, nãodeixar de levar os Últimos exames e os documentos do paciente. 4) No centro, o paciente Será¡ avaliado por um Médico especializado paraverificar a possibilidade de ter a doença de Alzheimer. A partir dodiagnóstico, ele apresentará¡ as alternativas de tratamento. não saia daconsulta sem a orientação médica para o tratamento. 5) Se o paciente já¡ tiver sido diagnosticado, o médico do centro podedecidir refazer a avaliação, podendo confirmar o tratamento já¡ dado oumudar. Em qualquer caso, não saia sem entender tudo sobre as orientaçõesmédicas. 6) Se o médico receitou medicamento, levar a receita e toda adocumentação exigida até a farmácia de dispensação (também chamada defarmácia do "governo") para retirar o remédio na dosagem determinada.Informe-se sobre a localização da farmácia. 7) Voltar com o paciente para nova avaliação na data orientada pelo médico. Devemos ressaltar que neste momento a Portaria 702 está¡ sendo revisadapelo ministério da saúde para facilitar o acesso do idoso com problemascrônicos de saúde, como a doença de Alzheimer à s consultasespecializadas, aos exames e testes bem como ao medicamento. A Portaria No. 703, que institui o Programa de assistência ao Portadorde Alzheimer é o primeiro passo para trazer esperança e melhorescondições de vida para milhões de pessoas. Agora, novos passos serãonecessários e seu sucesso dependerá¡ muito mais do interesse e do empenhode cada um de nós, associados da ABRAz, familiares de pacientes e acomunidade médica. Para começar, precisamos que os dados sobre aportaria e sobre a doença cheguem ao máximo de pessoas, pois é ainformação a arma mais importante para enfrentar a DA. A ABRAz está¡ também constantemente acompanhando esses processos junto aoministério da saúde e busca informações sobre onde os medicamentospoderão ser retirados. não hesite em nos contatar para dirimir suasdúvidas através do telefone: *Fale conosco 0800-55-1906* Quais são os sintomas da DA? A DA afeta cada pessoa de diferentes maneiras: em princípio, o impactoda doença sobre o sistema familiar pode ter maior ou menor grau,dependendo da percepção – pelo cuidador – dos déficts apresentados peloportador. Por exemplo: mudanças cognitivas (memória, atenção, linguagem,etc.), funcionais (declínio na execução das AVDs/AIVDs) oucomportamentais (agitação, agressividade, etc.), e de como e em queproporção estes déficits estão interferindo no cotidiano do portador. Ossintomas da DA podem ser mais bem entendidos no contexto dos estágios deseu desenvolvimento: inicial, intermediário e avançado. Nem todos os portadores de DA terão os mesmos sintomas – não existe umpadrão único de evolução para todos os vitimados pela doença. Adeterminação de estágios ou fases serve como guia para verificar aprogressividade da doença e ajudar os familiares/cuidadores a conheceremos problemas potenciais, permitindo assim que seja feito um planejamentodas necessidades futuras. /*Estágio Inicial:*/ o estágio inicial da doença é freqüentementenegligenciado e incorretamente considerado como processo normal doenvelhecimento. Como o desenvolvimento da doença é gradual, ficadifícil identificar exatamente o seu início. Neste estágio, a pessoapode apresentar dificuldades com linguagem, desorientação de tempo eespaço, dificuldades para tomar decisões, dificuldades para lembrarfatos recentes, perda de iniciativa e motivação, sinais de depressão,perda de interesse nos hobbies e outras atividades. /*estágio Intermediário/ com o progresso da doença, os problemas setornam mais evidentes e restritivos. O portador de DA tem dificuldadescom as atividades do dia-a-dia, além de esquecimento de fatos recentes enomes das pessoas; maior dificuldade em administrar a casa ou negócios;necessita assistência na higiene pessoal; maior dificuldade nacomunicação verbal; apresentar problemas de vagância (andar sem parar) ealterações de humor e de comportamento como agitação, agressividade, quepode ser física e/ou verbal), delírios (acreditar que está¡ sendoroubado, que é traído pelo cônjuge, etc.), apatia, depressão, ansiedade,desinibição (despir-se em público, indiscrições sexuais, linguagemmaliciosa, etc.). */estágio avançado:/* a dependência se torna mais severa, os distúrbiosde Memória São mais acentuados e o aspecto físico da Doença se tornamais aparente. O portador de DA pode apresentar dificuldades paraalimentar-se de forma independente, não reconhecer familiares, amigos eobjetos conhecidos, dificuldade em entender o que acontece ao seu redor,dificuldade de locomoção, incontinência urinaria e fecal, comportamentoinadequados em público, agressividade e agitação.
Psicose A *Psicose* é um transtorno psiquiátrico. Uma das principaiscaracterísticas evidente num indivíduo com esse distúrbio, é adesconexão com a realidade, que se revela em alucinações, delírios, ecomportamento inadequado. Esse tipo de transtorno revela distúrbios graves da personalidade em que o funcionamento mental está¡ alterado de talforma que a pessoa freqüentemente não consegue responder à s demandascotidianas da vida, temporária ou definitivamente, até chegar ao nívelde invalidez. Nessa fase, são necessários cuidados especializados epermanentes.A psicose pode ser causada por predisposição genética, fatores exógenosorgânicos mas desencadeados por fatores ambientais, psicossociais, comacentuadas falhas no desempenho de papéis, na comunicação, noautocontrole, no comportamento da afetividade, na sensopercepção, namemória , no raciocínio, no pensamento e linguagem. Há perda do senso da realidade e da capacidade de testá-la e, em casos extremos, doautoconhecimento , deixando o paciente decuidar-se no aspectos mais triviais, como a alimentação e a higiene pessoal. Na psicanálise, a psicose causou dificuldades teóricas para Freud, mas não para Lacan . Se o primeirodemonstrou-se hesitante em enquadrai-la teoricamente, concentrando-se naneurose, Lacan, tomando-a constantemente em suas conferências,associou-a à forclusão do nome-do-pai.
Por que o diagnóstico é importante? Quanto antes for feito o diagnóstico, mais o familiar/cuidador poderá¡ sepreparar para atender melhor ao portador e principalmente conhecer asexpectativas futuras. O diagnóstico inicial é o primeiro passo paraplanejar o futuro. Não existe um teste único para o diagnóstico. Odiagnóstico de DA é feito através de cuidadosa história do pacienterelatada por seu familiar junto com o exame físico e mental do paciente.É importante excluir outras hipóteses diagnosticas que causam perda dememória como infecções, problemas tireoidianos, etc. O diagnóstico de DA somente é confirmado com a necropsia, no exame detecidos cerebrais após a morte. O que causa a DA? Atualmente a causa da DA ainda é desconhecida. Entretanto, sabe-se que aDA não é causada por endurecimento das artérias, pouco ou muito uso docérebro, sexo, infecções, envelhecimento, exposição ao alumínio ou aoutro metal. O que é demência? demência é uma palavra de origem latina /dementia/ que significaâ mente distante ou estar fora da própria mente. Popular eerroneamente é confundida com loucura, esclerose, caduquice demência é uma disfunção cerebral, caracterizada por deterioraçãointelectual adquirida e persistente, que gradativamente vaicomprometendo funções em três esferas: estado mental linguagem,memória, atenção, habilidades visoespaciais; atividades da vida diária(AVDs), tanto AVDs básicas como tomar banho ou trocar a roupa, quantoAVDs instrumentais como controle das finanças; comportamento, comalterações do humor, como a depressão, agitação e agressividade. A demência pode ser o resultado de lesão vascular no cérebro, infecção,tumor, trauma, alterações tóxicas/metabólicas/psiquiátricas.Consequentemente, existem vários tipos de demência, sendo a doença deAlzheimer a causa mais comum do declínio intelectual no idoso, ocorrendoem aproximadamente 50-60% dos casos de demência encontrados no indivíduoidoso. O que é a Doença de Alzheimer (DA)? Em geral, a DA acomete inicialmente a parte do cérebro que controla amemória, o raciocínio e a linguagem. Entretanto, pode atingirinicialmente outras regiões do cérebro, comprometendo assim outrasfunções. A causa da doença ainda é desconhecida e, embora ainda não hajamedicações curativas, já existem drogas que atuam no cérebro tentandobloquear sua evolução, podendo, em alguns casos, manter o quadro clínicoestabilizado por um tempo maior. Seu médico é o melhor conselheiro eapenas ele é capaz de avaliar a necessidade do uso dessas medicações. Éimportante que você saiba que, apesar de não haver tratamento curativo,podemos fazer muito em prol desses pacientes através de cuidadosespecíficos e dirigidos a cada fase evolutiva, melhorando em muito aqualidade de vida dessas pessoas. A DA recebeu este nome depois que o Dr. Alois Alzheimer descreveu, em1906, as mudanças ocorridas no tecido cerebral de uma mulher que faleceuem decorrência do que era conhecido como uma forma de doença mental noidoso. Essas mudanças hoje são reconhecidas como características daalteração do tecido cerebral na doença de Alzheimer. A DA afeta todos os grupos da sociedade, não tendo influência a classesocial, o sexo, o grupo étnico ou a localização geográfica. Embora a DAseja mais comum em pessoas idosas, também as pessoas jovens podem serafetadas. DVD "O que você precisa saber sobre... * **O que você precisa saber sobre a doença de Alzheimer* Neste DVD lançado recentemente você encontrará¡ informações importantessobre o tratamento e cuidados necessários aos portadores da doença deAlzheimer. Através dos depoimentos de profissionais de diferentes áreas,serão abordados os mais diversos aspectos da doença, a importância dotratamento não-farmacológico, aspectos jurídicos, atendimento no SUS eoutros procedimentos adequados para lidar melhor com a doença. Este DVD pode ser adquirido na sede da ABRAz – Rua Frei Caneca, 915 –conj. 3 – São Paulo/SP pelo valor de R$ 10,00 (dez reais) ou viacorreio, no valor de R$ 15,00 (quinze reais) e para tanto, solicitamos opreenchimento do pedido *clicando aqui*, que deverá¡ ser enviadopara o fax: 11 3237-0385 juntamente com o comprovante de depositobancário no *Bradesco – Ag. 3137-2– c/c 3623-4 *em nome de *ABRAz -Associação Brasileira de Alzheimer.* Este VCD pode ser utilizado em aparelhos de DVD compatíveis com formatoVCD ou em leitores de CD do seu computador PC.
Milton Galvani / Editora Price Livro você Não Está¡ Sozinho. * *Poucas pessoas Estão preparadas para a responsabilidade e para asobrecarga que é cuidar de um portador de DA. O impacto do diagnosticoem uma família é extremamente desalentador, pois existe umdesconhecimento da doença, do que fazer, como agir, como entender apessoa afetada e como entender seu próprio sentimento. Este livro tem o objetivo de informar sobre os vários aspectos da Doençade Alzheimer, de maneira que mesmo ainda não existindo cura, existemformas de aliviar a carga tanto da pessoa doente como de sua família. Asorientações do dia-a-dia abordam os seguintes aspectos: medicina,psicologia, enfermagem, nutrição, terapia ocupacional, fisioterapia,fonoaudiologia, odontologia e sociais. Nori Graham, Chairman da ADI -- Alzheimer Disease International diz noprefácio do livro que é uma das maneiras mais importantes de ajudar aspessoas é oferecer-lhes informação. As pessoas que possuem informaçãoestão mais bem preparadas para controlar a situação em que se encontra. Roberto Garcia, Presidente da AMAES -- Asociación Mexicana de Alzheimery Enfermedades Similares, diz no posfácio: No caso de doença deAlzheimer, a vida humana se estende muito mais além da perda dacapacidade de raciocínio e de alterações de comportamento. É por istoque necessitamos de idéias criativas que possam dignificar o processo daenfermidade e enfrentá-lo com a inteligência que se merece. O leitorencontrará¡ esta visão neste livro, escrito de acordo com nossasnecessidades, por profissionais reconhecidos, cujo objetivo é conseguirque, através do conhecimento, você saiba que nunca mais estará¡ sozinho. O livro *você não está¡ sozinho* pode ser adquirido na sede da ABRAz –Rua Frei Caneca, 915 – conj. 3 – são Paulo/SP pelo valor de R$ 25,00(vinte e cinco reais) ou via correio, no valor de R$ 35,00 (trinta ecinco reais) e para tanto, solicitamos o preenchimento do pedido*clicando aqui* , que deverá¡ser enviado para o fax: 11 3237-0385 juntamente com o comprovante dedeposito Bancário no *Bradesco – Ag. 3137-2– c/c 3623-4 *em nome de*ABRAz - Associação Brasileira de Alzheimer.*
Memória A memória humana focaliza coisas especificas, requer grande quantidadede energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conectapedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudandoa tomar decisões diárias. Os psicólogos e neurologistas distinguem /memóriadeclarativa/ de /memória não-declarativa/ (ou memória processual). A/grosso modo/, a memória declarativa armazena o *saber que* algo se deu,e a memória não-declarativa o *como* isto se deu. De maneira geral, tendem a ocupar-se da memória declarativa, enquantoneurobiólogos tendem a se ocupar da memória processual.psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a /memóriaepisódica/ e a /memória semântica/. São instâncias da memória episódica as lembranças deacontecimentos específicos. são instâncias da memória semântica aslembranças de aspectos gerais. Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. Éatravés dela que damos significado ao cotidiano e acumulamosexperiências para utilizar durante a vida. Até meados do século XX , a maioria dos estudossobre aprendizagem questionava que as funções damemória seriam localizadas em regiões cerebrais especificas, algunschegando a duvidar de que a memória seria uma função distinta daatenção, da linguagem e da percepção. Acreditava-se o armazenamento damemória seria distribuído por todo o cérebro . A partir de 1861 , Broca evidencia que lesõesrestritas à parte posterior do lobo frontal, no lado esquerdo docérebro, chamada de área de Broca, causavam um defeito especifico nafunção da linguagem. Após essa localização da função da linguagem, os neurocientistas tornaram a voltar-se para ahipótese de se localizar a memória. Wilder Penfield foi oprimeiro a conseguir demonstrar que os processos da memória tambémlocalizações especificas no cérebro humano. Penfield havia estudado como pioneiro em neurofisiologia. Na década de 1940,Penfield começou a usar métodos de estimulação elétrica, idênticos aos usados por Sherrington em macacos, para mapear as funções motoras, sensoriais e da linguagem no córtex humano de pacientessubmetidos à neurocirurgia, para tratamento de epilepsia. Penfieldexplorou a superfície cortical em mais de mil pacientes e verificou quea estimulação elétrica produzia o que ele chamou de respostaexperiencial, ou retrospecção, na qual o paciente descrevia umalembrança correspondente a uma experiência vivida. Estudos em pacientes com lesão do lobo temporal revelaram dois modosparticularmente diferentes de aprendizagem, diferença que os psicólogoscognitivistas avaliaram em estudos comsujeitos normais. O ser humano aprende o que é o mundo apreendendoconhecimento sobre pessoas e objetos, *acessíveis à consciência, usandouma forma de memória que é em geral chamada de /explicita/, ou aprendecomo fazer coisas, adquirindo habilidades motoras ou perceptivas a que*a consciência não tem acesso*, usando para isto a /memória implícita/. Tipos de memória * *Memória declarativa*. É a capacidade de verbalizar um fato. Classifica-se por sua vez em: o *Memória imediata*. É a memória que dura de frações a poucos segundos . Um exemplo é a capacidade derepetir imediatamente um número de telefone que é dito.Estes fatos são apenas um tempo completamente esquecidos, nãodeixando "traços". o *Memória de curto prazo*. É a memória com duração de algumas horas . Neste caso existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços se chamade *período de consolidação*. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar do que se vestiu no dia anterior, ou com quem se encontrou. o *Memória de longo prazo*. É a memória com duração de meses a anos . Um exemplo é a capacidade de aprendizado de uma nova língua. * *Memória de procedimentos*. É a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida. Bases anatômicas da Memória Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único lacus.Diferentes estruturas cerebrais estão envolvidas na aquisição,armazenamento e evocação das diversas informações adquiridas poraprendizagem. *Memória de curto prazo:* Depende do sistema límbico, envolvido nos processos de retenção econsolidação de informações novas. Hoje em dia também se supõe que aconsolidação temporária da informação envolve estruturas como ohipocampo, a amígdala, o córtex entorrinal e o giro para-hipocampal,sendo depois transferida para as áreas de associação do neocórtexparietal e temporal. As vias que chegam e que saem do hipocampo tambémsão importantes para o estudo da anatomia da memória. Inputs (quechegam) são constituídos pela via fímbria-fórnix ou pela via perfurante.Importantes projeções de CA1 para os córtices subiculares adjacentesfazem parte dos outputs (que saem) do hipocampo. Existem também duasvias hipocampais responsáveis por interconexões do próprio sistemalímbico, como o Circuito de Papez (hipocampo, fórnix, corpos mamilares,giro do cangulo, giro para-hipocampal e amígdala), e a segunda viaprojeta-se de Áreas corticais de associação, por meio do giro do canguloe do córtex entorrinal, para o hipocampo que, por sua vez, projeta-seatravés do núcleo septal e do núcleo talâmico medial para o córtexpré-frontal, havendo então o armazenamento de informações que reverberamno circuito ainda por algum tempo. *Memória operacional:* Compreende um sistema de controle de atenção (executivo central),auxiliado por dois sistemas de suporte (de natureza vísuo-espacial eoutro de natureza fonológica) que ajudam no armazenamento temporário ena manipulação das informações. O executivo central tem capacidadelimitada e função de selecionar estratégias e planos, tendo suaatividade relacionada ao funcionamento do lobo frontal, quesupervisiona as informações. Também o cerebelo está¡ envolvido noprocessamento da memória operacional, atuando na catalogação emanutenção das seqüências de eventos, o que é necessário em situaçõesque requerem o ordenamento temporal de informações. O sistema de suportevísuo-espacial tem um componente visual, relacionado à região occipitale um componente espacial, relacionado a regiões do lobo parietal. Já nosistema fonológico, a articulação subvocal auxilia na manutenção dainformação; lesões nos giros supramarginal e angular do hemisférioesquerdo geram dificuldades na memória verbal auditiva de curta duração.Esse sistema está¡ relacionado à aquisição de linguagem. *Memória de Longo Prazo:* *a. Memória explícita:* Depende de estruturas do lobo temporal medial (incluindo o hipocampo, ocórtex entorrinal e o córtex para-hipocampal) e do diencéfalo. Alémdisso, o septo e os feixes de fibras que chegam do prosencéfalo basal aohipocampo também parecem tem importantes funções. Embora tanto a memóriaepisódica como a semântica dependam de estruturas do lobo temporalmedial, é importante destacar a relação dessas estruturas com outras.Por exemplo, pacientes idosos com disfunção dos lobos frontais também maisdificuldades para a memória episódica do que para a memória semântica.Já lesões no lobo parietal esquerdo apresentam prejuízos na memóriasemântica. *b. Memória implícita:* A aprendizagem de habilidades motoras depende de aferências corticais deÁreas sensoriais de associação para o corpo estriado ou para os núcleosda base. Os núcleos caudado e putâmen recebem projeções corticais eenviam-nas para o globo pálido e outras estruturas do sistemaextra-piramidal, constituindo uma conexão entre estímulo e resposta. Ocondicionamento das respostas da musculatura esquelética depende docerebelo, enquanto o condicionamento das respostas emocionais depende daamígdala. Já foram descritas alterações no fluxo sangüíneo, aumentando odo cerebelo e reduzindo o do estriado no inicio do processo de aquisiçãode uma habilidade. Já ao longo desse processo, o fluxo do estriado é quefoi aumentado. O neo-estriado e o cerebelo estão envolvidos na aquisiçãoe no planeamento das ações, constituindo, então, através de conexõesentre o cerebelo e o tálamo e entre o cerebelo e os lobos frontais, elosentre o sistema implícito e o explicito. Bases Moleculares do armazenamento da memória O mecanismo utilizado para o armazenamento de memórias em seres vivosainda não é conhecido. Estudos indicam a LTP (long-term potential) oupotencial de longa duração como a principal candidata para talmecanismo. A LTP foi descoberta por Tim Bliss e Terje Lomo num estudosobre a capacidade das sinapses entre os neurônios do hipocampo dearmazenarem informações. Descobriram que um pequeno período de atividadeelétrica de alta freqüência aplicado artificialmente a uma viahipocampal produzia um aumento na efetividade sináptica. Esse tipo defacilitação é o que chamamos de LTP. Os mecanismos para indução de LTPpodem ser dos tipos associativos ou não-associativos. A LTP apresenta diversas características que a tornam uma candidatamuito apropriada para o mecanismo do armazenamento de longa duração.Primeira, ocorre em cada uma das três vias principais mediante as quaisa informação flui no hipocampo: a via perforante, a via das fibrasmusgosas e a via das colaterais de Schaffer. Segunda, é induzidarapidamente e, por fim, depois de induzida ser estável. Isso permite aconclusão de que a LTP apresenta características do próprio processo dememória, ou seja, pode ser formada rapidamente nas sinapses apropriadase dura por um longo tempo. Vale lembrar que apesar da LTP apresentarcaracterísticas em comum com um processo ideal de memória, não seconsegue provar que ela seja o mecanismo utilizado para o armazenamentode memória. Em relação à LTP na via das fibras musgosas e na via das colaterais deSchaffer, pode-se melhor detalhar da seguinte maneira: *a. Fibras Musgosas:* As informações recebidas pelo giro denteado do córtex entorrinal sãotransmitidas para o hipocampo através das células granulares, as quaisos axônios formam a via das fibras musgosas que termina nos neurôniospiramidais da região CA3 do hipocampo. As fibras musgosas liberamglutamato como neurotransmissor. A LTP nas fibras musgosas é do tipo nãoassociativa, ou seja, não depende de atividade pós-sináptica ou deoutros sinais chegando simultaneamente , depende apenas de um pequenosurto de atividade neural de alta freqüência nos neurôniosprós-sinápticos e do conseqüente influxo de cálcio. Esse influxo decálcio ativa uma adenilato ciclase dependente de cálcio ecalmodulina(tipo1); essa enzima aumenta o nível de AMPc e o AMPc ativa aproteína cinase dependente de AMPc(PKA). Essa cinase adicionagrupamentos fosfato a certas proteínas e, assim, ativa algumas e inibeoutras. A LTP nas fibras musgosas pode ser influenciada por sinais deentrada modulatórios pela noradrenalina. Esse sinais de entrada ativamreceptores aos quais os transmissores se ligam, e esses receptoresativam a adenilato ciclase. O papel da LTP nas fibras musgosas sobre amemória ainda é obscuro. *b. Colaterais de Schaffer:* As células piramidais na região CA3 do hipocampo enviam axônios para aregião CA1 formando a via das colaterais de Schaffer. A LTP nestas é dotipo associativa, ou seja, requer atividade concomitante tanto préquanto pós-sináptica. Assim, a LTP não pode ser induzida na via dascolaterais de Schaffer se receptores do glutamato do tipo NMDA foremativados nas células pós-sinápticas. É importante lembrar que há¡ doisreceptores importantes para o glutamato: o NMDA e o néo-NMDA. O canal doreceptor NMDA não funciona rotineiramente pois está¡ bloqueado por Í­onsmagnésio que são deslocados apenas quando um sinal muito forte é geradona célula pós-sináptica. Tal sinal faz com que as células pré sinápticasdisparem em alta freqüência resultando numa forte despolarização queexpelem o magnésio e permitem o influxo de cálcio. Essa entrada decálcio desencadeia uma cascata de reações que são responsável pelo aumentopersistente da atividade sináptica. Esse achado foi interessante poisforneceu a primeira evidência para a proposta de Hebb que estabeleciaque até quando um axônio da célula A (...) excita a célula B erepetidamente ou persistentemente segue fazendo com que a céluladispare, algum processo de crescimento ou alteração metabólica ocorre emuma ou ambas as células, de forma que aumente a efetividade, (eficácia)de A como uma das células capazes de fazer com que B dispare. Um dosmecanismos responsáveis pelo fortalecimento dessa conexão é o aumento nasensibilidade de receptores AMPA. Outra possibilidade é a redução nareciclagem de receptores AMPA, permitindo que eles permaneçam ativos pormais tempo. Além disso, após uma indução sináptica de LTP, há¡ um aumentona liberação de transmissores dos terminais pré-sinápticos. À medida que se inicia a fase tardia da LTP, diversas horas após aindução, os níveis de AMPc aumentam e esse aumento do AMPc no hipocampoé seguido pela ativação da PKA e da CREB-1. A atividade de CREB-1 nohipocampo parece levar à ativação de um conjunto de genes de respostaimediata e esses genes atuam de forma a iniciar o crescimento de novossítios sinápticos. Estudos mostraram que a PKA, proteína cinase, é deextrema importância para a conversão da memória de curta em memória delonga duração, talvez porque a cinase fosforila fatores de transiçãocomo a CREB-1, que por sua vez ativam as proteínas necessárias para umaLTP duradoura. Neuromodulação da memória Existem acontecimentos nas nossas vidas que não esquecemos jamais.Entretanto, nem tudo que nos acontece, fica gravado na nossa memóriapara sempre. Como o cérebro determina o que merece ser estocado e o queé lixo? Antes de nos atermos a essas definições, é importante lembrar que aconsolidação da memória ocorre no momento seguinte ao acontecimento.Assim, qualquer fator que aja nesse instante pode fortalecer ouenfraquecer a lembrança, qualquer que ela seja. Pesquisas realizadas comratos comprovaram que durante o treino, ocorre ativação de sistemaneuro-hormonais que agem modulando o processo de memorização. A ß-endorfina parece ser a substância ligada ao esquecimento. Esteprocesso, apesar de algumas vezes indesejável (como numa prova, porexemplo), é fundamental do ponto de vista fisiológico. Afinal, seriainviável a vida sem nenhuma espécie de "filtro" na memória (videhipermnésia). Outras substancias, como morfinas, encefalinas, ACTH eadrenalina (as duas últimas em altas doses) facilitam a liberação deß-endorfina, levando ao esquecimento. É por isso que situaçõescarregadas de stress emocional podem levar a amnésia anterágrafa, que éo que acontece quando, após um acidente de carro, o indivíduo nãoconsegue relatar o que lhe aconteceu minutos antes. O que determina então se uma informação deve ser armazenada? Quando umainformação é relativamente importante, ela sobrevive ao sistemaß-endorfínico, pois ocorre a liberação de doses moderadas de ACTH,noradrenalina, dopamina e acetilcolina que agem facilitando aconsolidação da memória. Contudo, doses altas dessa substância temefeito contrário pelo bloqueamento dos canais iônicos. Outra substância fundamental no processamento da memória é o GABA (ácido gama-aminobutírico). Drogas que influenciem aliberação de GABA modulam o processo da memória. AntagonistasGABAérgicos (em doses subconvulsantes, pois o bloqueio total da ação doGABA pode produzir ansiedade, alta atividade locomotora e convulsões)facilitam a memorização e agonistas(substancias que mimetizam a ação doGABA) a prejudicam. As benzodiazepinas, os tranqüilizantes maisprescritos e vendidos no mundo, facilitam a ação do GABA e, portanto,podem afetar a memória. Existem relatos de pacientes que apresentamamnésia anterógrada após tratamento com diazepam (nomeclínico para as benzodiazepinas). Sabe-se também que antagonistas dos receptores colinérgicos,glutaminérigos do tipo NMDA e adrenérgicos levam a um déficit de memóriapois dificultam a ação das substância facilitadoras da memorização nointerior da célula. A serotonina (outro neurotransmissor) exerce importante papel naconsolidação da memória a longo prazo, que parece estar ligada a sínteseprotéica. A serotonina age através de receptores metabotrópicos queaumentarão os níveis de AMPcíclico permitindo a cascata de fosforilaçãode quinases. Isto aumenta a transcrição do DNA e, consequentemente,síntese protéica. Os neuropeptí­deos também influenciam a memorização. Pesquisas recentesenvolvendo a substância P, indicam que ela pode ter efeitos tantoreforçando a memória quando a prejudicando, dependendo do local na qualela terá¡ atividade. Por fim, é importante ressaltar o papel da amígdala na modulação damemória, notadamente do núcleo basolateral. Esta estrutura recebeinformações das modalidades sensitivas e as repassa para diferentesÁreas do cérebro ligadas a funções cognitivas. Devido a seu papelcentral na percepção das emoções, a amígdala participa da modulação dosprimeiros momentos da formação de memória de longo prazo mais alertantesou ansiogânicos e em alguns aspectos de sua evocação. Quandohiperativada, especialmente pelo stress, ela pode produzir os temíveisbrancos. Fatores relacionados com a perda de memória Amnésia Amnésia é a perda parcial ou total da capacidade dereter e evocar informações. Qualquer processo que prejudique a formaçãode uma memória a curto prazo ou a sua fixação em memória a longo prazopode resultar em amnésia. As amnésias podem ser classificadas em /amnésia orgânica/ causada pordistúrbios no funcionamento das células nervosas, através de alteraçõesquímicas, traumatismos ou transformações degenerativas que interferemnos processos associativos acarretando uma diminuição na capacidade deregistrar e reter informações, ou /amnésia psicogânica/ resultante defatores psicológicos que inibem a recordação de certos fatos ouexperiências vividas. Em linhas gerais, a amnésia psicogânica atua parareprimir da consciência experiências que causamsofrimento, deixando a memória para informações neutras intacta. Nestecaso, pode-se afirmar que a pessoa decide inconscientemente /esquecer/ oque a fazer sofrer ou reviver um sofrimento. Em casos severos, quando aslembranças são intoleráveis, o indivíduo pode vivenciar a perda damemória tanto de fatos passados quanto da sua própria identidade. As amnésias podem ainda ser divididas em termos cronológicos, em/amnésia retrógrada/ e /amnésia anterógrada/. A amnésia retrógrada é aincapacidade de recordar os acontecimentos ocorridos antes do surgimentodo problema, enquanto a amnésia anterógrada é à incapacidade dearmazenar novas informações a longo prazo . A depressão é a causa mais comum, porém a menosgrave. Denomina-se depressão uma doença psiquiátrica, que inclui perda do ânimo e tristeza profundasuperior ao mal causado pelas circunstâncias da vida. Doença de Alzheimer Uma porção significativa da população acima dos 50 anos sofre de algumaforma de demência. A mais comum é a doença de Alzheimer ou Mal deAlzheimer , na qual predomina a perda gradativada memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas Áreas cerebraisresponsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro. Outros fatores A doença de Parkinson, nos estágios mais severos, o alcoolismo grave,uso abusivo da cocaína ou de outras drogas, lesões vasculares do cérebro(derrames), o traumatismo craniano repetido e outras doenças mais rarastambém causam quadros de perda de memória. A memória e o olfato As memórias que incluem lembrança de odores também tendência para seremmais intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sidoencontrado não uma vez na vida pode ficar associado a uma únicaexperiência e então a sua memória pode ser evocada automaticamentequando voltamos a reencontrar esse odor. E a primeira associação feitacom um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes(existe uma interferência proactiva). É o caso da aversão a um tipo decomida. A aversão pode ter sido causada por um mal estar que ocorreu numdeterminado momento apenas por coincidência, nada tendo a ver com o odorem si; e, no entanto, será¡ muito difícil que ela não volte sempre aaparecer no futuro associada a esse odor. No caso das associações visuais ou verbais, há¡ uma interferência retroativa. Estas podem ser facilmente perdidas quando uma novaassociação surge (por exemplo, depois de memorizarmos o novo númerodo nosso telemóvel, torna-se mais difícil lembrarmo-nos do antigo.) Lutar e vivenciar o dia-a-dia com um paciente portador da doença deAlzheimer, na maioria das vezes, exige mais do que esforço pessoal edeterminação. O acesso do cuidador/familiar à informação, orientação edicas de como cuidar do paciente com demência torna-se fundamental paraa família entender e suportar sem grandes traumas o comportamento dequem está¡ acometido pela doença. Aí está¡ o grande papel dos grupos de ajuda da ABRAz que existem para darsuporte emocional e servir de auxílio, de cooperação e de orientação notrabalho dos cuidadores/familiares. Seu papel é de agente catalisador eaglutinador de familiares e cuidadores (profissionais ou não) que passampelo mesmo problema, oferecendo muita informação e troca deexperiências, aliada a toda solidariedade que se possa obter. No caso da ABRAz esses grupos de apoio se reúnem semanal, quinzenal oumensalmente, em suas várias sub-regionais espalhadas por todo o Brasil,trazendo toda a informação que puderem passar sobre a doença, sobre assuas possíveis causas, maneiras de como fazer o diagnostico mais corretoe as novidades sobre os tratamentos que podem ajudar. Também nestasreuniões há¡ uma riquíssima troca de experiências, onde os cuidadores efamiliares ouvem e falam de suas vivências com o paciente, de suasangústias e dificuldades no cuidar, sendo uma demonstração rica desolidariedade e de compaixão com as mazelas de cada um. Quem participa assiduamente dessas reuniões costuma afirmar que nunca sesentem sozinhos nesta luta ao se depararem com pessoas que vivenciam omesmo problema. Nas reuniões dos grupos de apoio as pessoas aprendem aouvir outras opiniões e experiências, tentando adaptá-las para oambiente de cada casa. Nestas reuniões são passadas várias dicas e informações sobre os maisdiversos problemas no cuidado com o idoso. Todo o mês é comentado erepassado algum tema relevante. Por exemplo: banho, incontinênciaurinária, como ajudar a se vestir, como dar a medicação, problemas com osono, com a agitação, com o comportamento em geral, etc. Pode-se dizer que este tipo de trabalho é a alma da ABRAz e suaprincipal área de atuação. É uma maneira de dizer que nunca estaremossozinhos nesta batalha. Lembrar do principal lema da ABRAz:solidariedade aliada à informação!
Existe tratamento para a DA? não. até o momento não existe um tratamento curativo para a DA. Algumasmedicações especificas (estabilizadoras) podem retardar a progressão dadoença; outras (comportamentais) podem ajudar a minimizar a freqüência ea gravidade dos distúrbios de humor e comportamento. Portanto,lembre-se: apenas o médico é capaz de fazer a opção terapêutica maisadequada em cada caso. Entretanto, saiba que uma série de atividadespoderá¡ ser desenvolvida pelo portador e junto a ele, estimulando-o epreservando habilidades atuais, facilitando assim o dia-a-dia dofamiliar/cuidador. É oportuno manter-se informado, atualizando-se comprofissionais especializados que atuam com portadores e seus familiares. não se sinta desesperançado. A comunidade científica vem trabalhandoarduamente em pesquisas que, ao final, talvez possam oferecer melhorescondições para o tratamento da DA, especialmente aquelas relacionadas aotratamento medicamentoso. Os familiares/cuidadores devem procuraratualizar-se sobre a DA, buscando informações sobre novos medicamentosjunto ao médico que atende ao portador.


Estresse pessoal e emocional do cuidador

A DA não afeta somente ao seu portador – ela afeta toda a família. A grande sobrecarga é sobre o familiar/cuidador direto. O estresse pessoal e emocional do cuidador imediato é enorme, e este cuidador necessita manter sua integridade física e emocional para planejar maneiras de conviver com a doença sem desintegra-se. Entender os próprios sentimentos e aceitá-los, como um processo normal de crescimento psicológico, talvez seja o primeiro passo para manutenção de uma boa qualidade de vida. Algumas expressões dos sentimentos que o familiar/cuidador vivência podem ser exemplificados por:
• Pena: esta é a resposta natural para alguém que tem uma experiência de perda. Por causa da DA o familiar/cuidador pode sentir que perdeu um companheiro, um amigo; e quando pensa que já assimilou a doença ocorre uma nova mudança no quadro clínico do portador. A perda da capacidade de reconhecimento de rostos familiares, em geral, assusta enormemente e muitos familiares já descobriram que os Grupos de Apoio oferecem a melhor maneira de aprender a conviver com a doença e consigo próprios.
• Culpa: o sentimento de culpa é bastante freqüente no familiar/cuidador, seja pelo comportamento do portador seja pela situação econômico-social é muitas vezes precária – da família ou mesmo pela sensação de impotência diante de sinais e sintomas apresentados pelo portador, com os quais o familiar/cuidador sente-se incapaz de lidar. É importante buscar ajuda através de conversas com familiares de outros portadores, com membros da própria família ou com profissionais especializados.
• Raiva: o sentimento de raiva quase sempre está¡ combinado com a culpa que, por sua vez, pode ter origem na falta de informação, na história prévia de vida ao lado do portador. Nestes casos, o apoio psicológico dado por profissional competente – psicólogo – pode ser de grande ajuda. Em geral, a raiva é dirigida diretamente ao portador, ao profissional, ou a outros membros da família, ou ainda à situação como um todo. É fundamental que o familiar/cuidador mantenha contato com amigos, parentes ou freqüente as reuniões do Grupo de Apoio para que possa exteriorizar suas emoções.
• embaraço: algumas vezes o comportamento inapropriado do portador, como se despir em público ou fazer comentários indiscretos, pode deixar o familiar/cuidador constrangido e envergonhado. É necessário identificar as causas responsáveis por estas ocorrências, para evitá-las assim como entender que estes comportamentos não são propositais, buscando alternativas para melhorá-los.
• solidão: a solidão muitas vezes acomete o familiar/cuidador devido ao isolamento social que pode ser imposto por ele mesmo ou por outrem. É importante que haja conscientização por parte de todos os membros da família, para que a participação nos cuidados seja feita de maneira funcional, permitindo que todos, sem exceção, possam desfrutar de momentos de descanso e lazer.



Cuidando do Portador da DA Cuidar de uma pessoa portadora de DA pode ser difícil em algunsmomentos. Requer principalmente *amor, solidariedade* e tudo que estasduas palavras englobam: paciência, dedicação e, sobretudo, umaassistência que merece a divisão de tarefas entre os familiares, vistoque os cuidados exigem atenção diuturna, gerando grande desgaste físicoe emocional para aqueles que lidam diretamente com o portador. Frente à DA e a todos os problemas inerentes a ela, contamos atualmente com umapoderosa arma: a *INFORMAÇÃO*. Somente com o conhecimento do que é e doque será¡, teremos condições de enfrentar tão árdua tarefa. Portanto,*VAMOS UNIR FORÇAS!!* Para facilitar o seu trabalho, selecionamosalgumas medicações que podem auxiliá-lo no seu dia-a-dia: • *estabeleça rotinas, mas mantenha a normalidade:* uma rotina podefacilitar as atividades que você deverá¡ fazer e, ao mesmo tempo,estruturar um novo sistema de vida. A rotina pode representar segurançapara o portador; porém, embora ela possa ajudar, é importante manter anormalidade da vida familiar; procure tratar o portador da mesma formacomo o tratava antes da doença; • *Incentive a independência: *é necessário que o portador recebaestímulos à sua independência. Faça com ele e não por ele, respeite epreserve sua capacidade atual de realizar atividades de vida diária.Supervisione, auxilie e faça por ele apenas quando não houver nenhumacapacidade para execução de determinada tarefa. Isto o ajudará¡ a mantera auto-estima, o respeito próprio e, conseqüentemente, diminuirá¡ aansiedade do familiar; • *Ajude o portador a manter sua dignidade:* lembre-se que a pessoa dequem você cuida é ainda um indivíduo com sentimentos. O que você ououtros familiares fazem ou falam em sua presença pode perturbá-lo. Evitediscutir sobre as condições do portador na sua presença; • *Evite confrontos:* qualquer tipo de conflito pode causar estressedesnecessário em você e/ou no portador. Evite chamar atenção e mantenhaa calma de maneira que a situação não piore. Lembre-se que por mais quepareça proposital, é a doença que ocasiona momentos de agitação,agressividade, etc. NÃO é culpa do portador. Tente identificar qual ouquais fatores podem ser responsáveis pela alteração apresentada e, apartir daí­, trabalhe para eliminá-los; • *faça perguntas simples:* mantenha uma conversa simples, sem incluirvários pensamentos, idéias ou escolhas; as perguntas devem possibilitarrespostas como “sim” ou “não”; perguntar “você quer laranja?” é melhordo que “que fruta você gostaria de comer?”. • *Mantenha seu senso de humor:* procure rir com (e não rir do) oportador de DA. Algumas situações podem parecer engraçadas para você,mas não são para ele. Mantenha um humor saudável e respeitoso, ele ajudaa diminuir o estresse. • *Torne a casa segura:* a dificuldade motora e a perda de memória podemaumentar a possibilidade de quedas. Por isso, você deve trazer o máximode segurança para sua casa: verifique tapetes, mesas de centro, móveiscom quina, objetos de decoração, escadas, banheiras, janelas, piscinas, etc. • *Encoraje o exercício e a saúde física:* em alguns casos, o exercíciofísico pode colaborar para que o portador mantenha suas habilidadesfísicas e mentais por um tempo maior. O exercício apropriado depende dacondição de cada pessoa. Consulte o médico para melhores informações. • *Ajude a manter as habilidades pessoais:* algumas atividades podemincentivar a dignidade e o respeito próprio, dando propósito esignificado à vida. Uma pessoa que antes foi uma dona de casa, ummotorista, um professor ou um executivo pode ter maior satisfação usandoalgumas das habilidades relacionadas ao seu serviço anterior. Lembre-se,entretanto, que a DA é progressiva e os gostos ou habilidades daspessoas acometidas pela doença fatalmente mudarão com o tempo. Conhecerestes detalhes exigirá¡ de você, familiar/cuidador, maior observação paraque, dessa forma, seja possível um planejamento de atividadescompatíveis com o grau de dependência apresentado pelo portador. • *Mantenha a comunicação:* com o avanço da doença, a comunicação entrevocê e o portador pode tornar-se mais difícil. As seguintes dicaspoderão ajudá-lo: - tenha certeza de que a atenção do portador não está¡ sendo prejudicada por outros fatores; - fale clara e pausadamente, frente a frente e olhando nos seus olhos; - demonstre amor através do contato físico; - preste atenção na linguagem corporal – pessoas que perdem a comunicação verbal, comunicam-se muito com os gestos; - procure identificar as lembranças ou palavras-chave que podemajudá-lo a comunicar-se efetivamente com o portador. • *Use artifícios de memória:* para alguns portadores, o uso deartifícios de memória pode ajudá-lo a lembrar de ações cotidianas eprevenir confusões como, por exemplo: mostre fotografias dos familiarescom seus nomes para ajudá-lo a reconhecer quem é quem no ambientefamiliar, coloque placas indicativas nas portas identificando o quarto,o banheiro, etc.. Lembre-se, porém, que com o avançar da doença estesartifícios não mais terão o resultado esperado.
Cuidando de você mesmo

Tomar conta de paciente portador de DA é bastante desgastante; por isso não se exima de pedir ajuda aos amigos e familiares. Sentimentos de raiva, fadiga, falta de esperança, solidão são comuns. É necessário reconhecer estes sinais e solicitar ajuda, pois do contrário quem poderá¡ ajudar nosso familiar doente, se não estivermos também doentes?
Todos temos limitações. Pode ser que haja um momento em que a família seja levada a pensar na possibilidade de internação do portador. Esta é uma questão delicada que deve ser respeitada e decidida pela família. Embora saibamos que o melhor ambiente para o portador, em geral, é ao lado de sua família, em alguns casos torna-se absolutamente necessária a opção pela internação. Porém, pense, questione seus valores pessoais, visite vários locais e, apenas após cuidadosa reflexão, faça a opção mais adequada para você e seu familiar doente. Lembre-se que o objetivo é a manutenção de uma boa qualidade de vida para ambos.
Por fim, o familiar/cuidador precisa ter sempre em mente o seguinte:
- Ser realista a respeito da doença: DA não tem cura; embora as medicações disponíveis possam manter o quadro estabilizado por um tempo maior, chegará¡ o momento em que o portador apresentará¡ declínio gradativo. É necessário que se aprenda a ver o portador como ele é hoje e não como era no passado.- Ser realista consigo mesmo: o familiar/cuidador não é o super-homem/mulher; ele não consegue tudo sozinho e isto precisa ser reconhecido e aceito. O que é mais importante? Ele, o portador, ou a casa?- Aceitar seus sentimentos: raiva, ira, desgosto, frustração, tristeza, angústia são sentimentos perfeitamente normais e isto não quer dizer que ele seja mau cuidador.– Demonstre seus sentimentos: é impossível que uma pessoa queira ficar bem consigo mesma se abafar seus sentimentos. É preciso que ela tenha a quem expressar esses sentimentos; conversar com amigos, com outros membros da família ou participar de reuniões de Grupo de Apoio podem ajudar.- Procurar coisas boas: tentar identificar as coisas boas e alegres nesse novo relacionamento. Divirta-se e ria com o portador de DA, pesquise álbuns de fotografia, veja filmes que eram ou são de interesse comum, ouça música, dance, pinte. São momentos de curta duração, mas de grande representatividade.- Ter seu próprio tempo: procurar fazer exercícios, ler livros, fazer jardinagem, ir ao cabeleireiro, etc. são atitudes que levam o familiar/cuidador a desempenhar melhor o ato de cuidar ao mesmo tempo em que preservam sua identidade.- Saber explicar: com o conhecimento obtido dos profissionais e outros familiares a respeito da DA, o familiar/cuidador poderá¡ explicar a doença e seus efeitos para outros membros da família e amigos e assim ampliar o leque de colaboradores.

Efeitos Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebrode um paciente com o Mal de Alzheimer, quando visto em necropsia, apresenta uma atrofia generalizada , com perda neuronal específica em certas Áreas dohipocampo mas também em regiões parieto-occipitais efrontais. A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto em suafase inicial e intermediária, já¡ na fase adiantada não apresentam maiscondições de perceber-se doentes, por falha da autocrítica. não setrata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressivaincapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldadespara reconhecer pessoas próximas e objetos. mudanças de domicílio sãomal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. Um paciente com malde Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando suaincapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases sãotruncadas, muitas permanecendo sem finalização. Evolução A evolução da piora é em torno de 5 a 15% da cognição (consciência de si próprio e dos outros) porano de doença, com um período em média de oito anos de seu início e seuúltimo estágio. Com a progressão da doença passa a não reconhecer maisos familiares ou até mesmo de realizar tarefas simples de higiene evestir roupas. No estágio final necessita de ajuda para tudo. Ossintomas depressivos são comuns, cominstabilidade emocional e choros. delírios epsicoses são difíceis de avaliar devido à total perda denoção de lugar e de tempo . Em geral a doença instala-se empessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aosquarenta anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunhogenético . Podem aparecer vários casos numa mesmafamília , e também pode acontecer casos crônicos, semnenhum outro parente afetado, ditos esporádicos. Tratamento O tratamento visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível aevolução da doença. Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve serpersonalizada. são os inibidores da acetil-colinesterase, medicações queinibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina produzida eliberada por um núcleo na base do cérebro (núcleo basal de Meynert). Adeficiência de acetilcolina é considerada epifenômeno da doença deAlzheimer, mas não é o Único evento bioquímico/fisiopatológico queocorre. Mais recentemente, um grupo de medicações conhecido porinibidores dos receptores dotipo NMDA (N-Metil-D-Aspartato) doglutamato entrou no mercado brasileiro ,já¡ existindo no europeu há¡ mais de uma década. Amemantina é tal droga, e sua ação dá-se pela inibição da ligação doglutamato , neurotransmissor excitatório do sistemanervoso central a seus receptores. O glutamato é responsável por reaçõesde excitotoxicidade com liberação de radicais livres e lesão teciduale neuronal. Há uma máxima na medicina que diz que uma doença pode serintratável, mas o paciente não. As seguintes sugestões foram extraídas das experiências de outroscuidadores. Você poderá¡ ter dificuldades em adotá-las, mas lembre-se:ninguém é perfeito e você familiar/cuidador está¡ fazendo o máximo possível. • *Banho e higiene pessoal:* o portador de DA pode esquecer danecessidade de banhar-se ou mesmo de como fazê-lo. Nesta situação éimportante respeitar a dignidade da pessoa quando oferecer ajuda.sugestões: - manter a rotina do banho o máximo possível;- procurar fazer do horário do banho um momento de relax; - em alguns casos, o chuveirinho pode ser melhor do que o chuveiro e bem melhor do que uma banheira; - simplifique esta tarefa o máximo possível; - se o portador recusar o banho naquele momento, aguarde um pouco mais; - permita que o portador banhe-se por si próprio, fazendo por ele somente quando não houver mais condições; - se o portador sentir-se embaraçado, pense que, se possível, este auxilio deva ser dado por um cuidador do mesmo sexo; - procure tornar o banheiro seguro utilizando barras de segurança e cadeiras; - se o ato do banho tornar-se sempre um momento de conflito, procureorientação ou ajuda especializada. • *Vestir-se:* o portador de DA freqüentemente esquece como se vestir eainda pode não reconhecer a necessidade de mudar suas roupas. Algumasvezes, ele pode aparecer em público com roupas inapropriadas.sugestões: - procure deixar as roupas na ordem para que o portador possa vestir-se por si próprio;- selecione previamente trás mudas de roupa e permita escolha independente;- evite roupas com acessórios complicados, como cintos, botões, fivelas, etc.; - encoraje a independência no vestir-se por maior tempo possível. Nunca o apresse. ORIENTE-O!!!; - se o portador gostar de determinada roupa, procure ter dois modelos iguais para que ele se sinta confortável; - não utilize sapatos com solado de couro, prefira os calçados com solado antiderrapante. Evite chinelos. • *incontinência:* o portador de DA pode perder a habilidade dereconhecer quando ir ao banheiro, onde é o banheiro ou ainda, o quefazer quando vai ao banheiro.sugestões: - organize horários para o portador ir ao banheiro. Observe oshábitos (horários) das eliminações vesicais e intestinais, e conduza-o para ir ao banheiro em intervalos regulares de tempo; - colocar na porta do banheiro cartaz indicativo com letras grandes e cores vivas; - deixe a porta do banheiro aberta e à noite deixe com uma luz acesa;- verifique se as roupas utilizadas são fáceis de serem tiradas; - limite a ingestão de líquidos perto da hora em que o portador costuma deitar-se. Ofereça líquidos até as 17:00 horas, por exemplo; - procure orientações especializadas e profissionais. • *Cozinhar:* o portador de DA perde sua habilidade em cozinhar conformea progressão da doença. Este fato representa um sério problema caso oportador viva sozinho ou insista em preparar pessoalmente a alimentaçãoda família; a dificuldade na coordenação motora e a falta de percepçãodos perigos que o ato de cozinhar oferecem, podem levar o portador asofrer riscos desnecessários em sua própria casa.sugestões: - verifique o quanto que o portador ainda apresenta na habilidade de cozinhar; - ajude-o a tornar o ato de cozinhar uma atividade prazerosa e compartilhada entre cuidador e portador. Dê a ele tarefas simples que não ofereçam perigo; - instale equipamentos seguros; - retire os elementos cortantes da cozinha ou aqueles que ofereçam riscos. • *Alimentação:* o portador de DA freqüentemente esquece que já¡ sealimentou ou até mesmo como usar os talheres. O momento da refeiçãoprecisa ser acompanhado e supervisionado e, em alguns casos, o portadorprecisa ser alimentado pelo seu familiar/cuidador. Alguns problemaspoderão surgir como, por exemplo, a dificuldade de deglutição e engasgos.sugestões: - o familiar deve orientar o ato de alimentar; - usar alimentos que podem ser manipulados com as mãos;- cortar os alimentos em pequenos pedaços e, em alguns casos, estes devem ser triturados; - lembrar o portador de comer vagarosamente; - certifique-se da temperatura dos alimentos; quando estes estão muito quentes podem ocasionar queimaduras na boca e na língua do portador; - quando o portador apresentar dificuldades de deglutição(caracterizada por pigarros à s refeições e/ou pequenos engasgos),consultar o médico ou fonoaudiólogo para aprender as técnicas que estimular a deglutição;- servir uma pequena porção de alimentos de cada vez. • *Dirigir: *o ato de dirigir para uma pessoa portadora de DA torna-semuito perigoso, uma vez que os reflexos são mais lentos e a percepçãoencontra-se comprometida, podendo ocasionar graves acidentes para oportador e terceiros.sugestões: - discuta gentilmente o assunto com o portador mostrando as dificuldades e os perigos; - sugira outro tipo de transporte; - verifique quem na família pode estar dirigindo o carro quando necessário; - se necessário, guarde as chaves do carro em local seguro ou retireuma peça do carro impedindo que ele funcione; - sugira a venda do automóvel argumentando necessidade de recursos financeiros. • *álcool e cigarros:* desde que não exista proibição médica ouproblemas de interação medicamentosa, o portador de DA pode utilizarbebidas alcoólicas desde que supervisionado e em pequenas quantidades:por exemplo, um a dois cálices de vinho tinto por dia. Já o cigarro poderepresentar grande perigo, além dos já¡ conhecidos riscos para a saúde.Porém, pode ser muito difícil cessar o hábito de fumar.sugestões: - reduza o número de cigarros por dia; - supervisione o portador quando estiver fumando;- desencoraje o hábito de fumar, buscando orientação com o médico; - converse com o médico sobre a possibilidade ou não de ingestão deálcool. • *Dificuldade para dormir:* o portador de DA costuma apresentardificuldades para dormir invertendo o dia pela noite e isto acaba porcausar um desgaste enorme ao cuidador. sugestões: - não permita o sono durante o dia, envolva o portador em atividades agradáveis;- peça ajuda do portador para tarefas simples;- procure motivá-lo a caminhar e dar sempre atividades físicas ao portador durante o dia; - certifique-se que a cama e as roupas usadas para dormir sejam as mais confortáveis; - procure deixar o ambiente do quarto o mais repousante possível. • *Comportamento repetitivo e impróprio:* o portador de DA podeesquecer-se do que acabou de dizer e do que fez há¡ pouco tempo,levando-o a repetir inúmeras vezes sua fala e atos. Também é bastantecomum o portador de DA ser a sombra de seu familiar/cuidador – está¡sempre atrá indo a todos os lugares aonde o familiar/cuidador vai. Estecomportamento torna-se desgastante e irritante para quem cuida,cerceando sua liberdade; entretanto, isto pode representar insegurançado portador ou até mesmo medo de que o familiar vá¡ embora e não voltemais – transmita confiança através de palavras e gestos carinhosos.Outro comportamento que pode vir a ocorrer é quando o portador despe-sena frente de visitas ou de outros familiares, quando manipula agenitália ou ainda quanto toca outros de maneira imprópria.sugestões: - opte por vestuário confortável, adaptado à s condições climáticas. Lembre-se que a capacidade de crítica e de julgamento pode estarcomprometida, e uma simples sensação de calor pode levar o portador a despir-se em público; - lembre-o para ir ao banheiro em intervalos regulares de tempo; - distraia a atenção do portador, oferecendo-lhe algo para ouvir, ver ou fazer; - incentive-o a fazer uma nova atividade física; abrace-o e tranqüilize-o, se for o caso. *• Perder coisas e acusar:* o portador de DA esquece-se de onde colocouos objetos e por isso ele poderá¡ acusar o familiar/cuidador ou outraspessoas de o terem roubado. Este comportamento é causado pelainsegurança combinada com o sentimento da perda de memória.sugestões: - descubra quais são os esconderijos preferidos do portador;- mantenha cópia de objetos importantes como, por exemplo, as chaves;- verifique os cestos de lixo antes de descartá-los;- responda as acusações do portador gentilmente e nunca na defensiva; - concorde com o portador que aquele objeto está¡ desaparecido eajude-o a encontrá-lo. • *Alucinações: *é relativamente comum a presença de alucinações; oportador de DA pode ouvir e ver pessoas, objetos, animais ao seu lado,no quarto, embaixo da cama, etc. Pode também se olhar no espelho econversar consigo mesmo como se fosse um velho amigo; em alguns casos, asua imagem refletida no espelho pode agitá-lo, pois pensa que se tratade alguém que veio roubá-lo ou fazer-lhe algum mal.sugestões: - não discuta com o portador sobre a veracidade do que ele está¡vendo ou ouvindo, tente identificar a causa da alucinação; ela pode estar no ambiente do portador, como um objeto de Decoração colocadoem uma sala mal iluminada, uma planta que balança com o vento e produz sombra, etc.; - mantenha luminosidade adequada; - quando o portador mostrar medo, conforte-o com voz calma e segure sua mão para transmitir-lhe segurança; - distraia a pessoa chamando sua atenção para algo real no ambiente; - verifique com o médico sobre eventuais medicamentos que estão sendo usados e que podem estar contribuindo para o problema. • *Relacionamento sexual:* a DA usualmente não afeta o relacionamentosexual, mas a atitude de seu portador pode estar alterada. Abraçá-logentilmente pode trazer-lhe satisfação e permitirá¡ que o cônjuge saibase ele está¡ apto ou disposto a uma maior intimidade. É necessário serpaciente. O portador pode não responder da mesma maneira que antes ouaté mesmo parecer que perdeu o interesse. Para alguns casais, acontinuidade da intimidade sexual continua a ser uma parte satisfatóriado relacionamento. O oposto também pode ocorrer. O portador pode terinteresse excessivo pelo sexo de maneira a deixar seu cônjuge numaposição de desconforto, levando-o a sentir-se culpado se dormirseparadamente ou em outro quarto.sugestões: - procure ajuda de outros familiares ou amigo(s) de sua confiança; - não tenha receio de discutir este assunto com um profissional, quefoi treinado para ouvi-lo e ajudá-lo. • *Perambulação: *este é o problema mais comum apresentado pelo portadorde DA e que o familiar/cuidador precisará¡ se preparar. O portadorcaminha quilômetros dentro de casa e se sair de casa desacompanhadopoderá¡ vir a se perder – procure colocar etiquetas internamente novestuário ou cartões com identificações do nome, endereço e telefone doportador e de seus familiares. segurança é a primeira regra para cuidarde uma pessoa portadora da doença. É sempre conveniente que osfamiliares tenham fotos recentes do portador, para o caso de eventualperda e da necessidade de solicitar ajuda.sugestões: - verifique se a casa está¡ segura (tapetes, escadas, piscina, etc.) e se o portador está¡ usando calçados adequados; - certifique-se de que a saída do portador da casa seja de seu conhecimento instalando guizos na porta ou no portão e escondendo as chaves de casa; - se ainda assim o portador sair de casa e se perder, quando for achado não demonstre raiva ou nervosismo – fale com ele calmamente tocando-o com carinho. • *violência e agressividade:* de tempos em tempos, o portador de DApode apresentar raiva, agitação ou agressividade e isto pode acontecerpor uma série de razões como: sensação da perda do controle social e dodiscernimento; perda da habilidade de expressar sentimentos e deentender as ações de outras pessoas. Pode significar também algumproblema de saúde como desidratação, infecções que podem ser urinariasou pulmonares, ou ainda outro mal estar. Atenção! mudançascomportamentais súbitas e persistentes não são esperadas; se ocorrerem,contate seu médico.sugestões: - mantenha calma e não demonstre medo ou ansiedade;- procure chamar a atenção do portador para uma atividade mais calma; - dão mais espaço a ele;- procure descobrir o motivo desta reação e evite-o no futuro; - se a agressividade persistir ou se tornar mais freqüente, o familiar/cuidador precisa procurar ajuda conversando com o médico e com outros familiares que possam colaborar nos cuidados do portador. • *depressão e ansiedade:* o portador de DA pode apresentar períodos dedepressão que conduzem a um comportamento introspectivo e infeliz, eisto acaba por afetar sua atividade de vida diária, uma vez que perdeinteresse pelas coisas que antes fazia e até mesmo pela alimentação,fato responsável por quadros de desnutrição e desidratação, e que geramgrande aflição ao familiar/cuidador.sugestões: - converse com o médico do portador, e dão ainda mais amor a este portador; - procure ajuda especializada para você mesmo entender o problema que está¡ ocorrendo; - não espere que esta depressão e ansiedade melhorem imediatamente -- procure identificar as causas e converse com o médico, se houver necessidade de ajuda terapêutica. Lembre-se: você não verá¡ melhoraimediata; este tipo de medicação exige um tempo maior de uso para apresentar resultados positivos.

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