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sábado, 3 de novembro de 2007

A Geografia Bíblica

A GEOGRAFIA NA REGIÃO CHAMADA BÍBLICA (comentada)

Fértil Crescente é o nome pelo qual costuma hoje ser designada a Terra Fértil região em forma de uma crescente (de onde o nome) que partindo do sul de Canaã, sobe ao longo do Mar Mediterrâneo até o Vale do Eufrates acompanhando-o até o Golfo Pérsico. Engloba ainda: Egito, Deserto Arábico, Golfo de Suez, Mar Morto, Rio Jordão, Golfo Elanítico, Israel, Mar Negro, Mar Cáspio. Por volta do ano 2.000 aC, quase toda essa região foi assolada por invasores semitas vindos do Deserto Arábico. Eram os amorreus cuja capital era Mari, três séculos depois, os babilônicos chefiados por Hamurabi suplantaram os amorreus e Babilônia tornou-se cidade e capital mais importante do que Mari. É provável que, durante o apogeu dos impérios Amorreu e Babilônico, a ponta ocidental do “Fértil Crescente” estivesse sob o domínio egípcio. Mais ou menos ao tempo em que Hamurabi conquistava o império dos amorreus, invasores vindos de Canaã, chamados hiksos, conquistavam o Egito fundando um império que abrangia o Egito, Canaã e Síria. Não foi senão por volta de 1.500 aC, que os naturais do Egito conseguiram expulsar os odiados dominadores hiksos.
Foi depois do ano 2.000 aC, durante a supremacia dos amorreus que escolheu Abraão, piedoso pastor de Ur, p ser o pai de um grande povo, o Povo Escolhido. Por ordem de Deus foi de Ur para Haran e de Haran para Canaã (próximo a Síria). Provavelmente foi durante a dinastia dos hiksos que um bisneto de Abraão, José, subiu ao poder no Egito, por ocasião da fome na Palestina.

O ÊXODO DO EGITO:

Quando subiu ao trono um faraó “que ainda não conhecia a José”, os judeus deixaram o Egito regressando para Canaã.
O êxodo começou na cidade de Ramessés, no delta do Nilo. Tomaram o caminho mais longo, via Socot, Etam, Fiairot (onde milagrosamente atravessaram o Mar Vermelho), Mara, Elim, Rafidim, Monte Sinai (onde receberam as tábuas da Lei), e Cades (onde, em castigo de sua revolta, Deus prolongou-lhe o exílio por mais uma geração) após vários anos errantes entre Asiongaber e Cades, circundaram Edom e Moab, atravessaram o Jordão e entraram na Terra da Promissão (Canaã – Jericó – Monte Nebo).


A DIVISÃO DE CANAÃ:

Os israelitas conquistaram primeiro o território a leste do Jordão. Depois da passagem milagrosa do Jordão, defronte a Jericó, empreenderam uma série de campanhas para a conquista do resto e logo que conseguiram alguma supremacia, antes mesmo da conquista total, dividiram por sortes a terra de Canaã pelas doze tribos de Israel, e pelos descendentes dos doze filhos de Jacó. Os descendentes de José deram origem a duas tribos derivadas dos filhos de José: Efraim e Manasés. A tribo sacerdotal de Levi não recebeu terras, mas apenas cidades e subúrbios nos territórios das outras tribos. Ruben, Gad e metade da tribo de Manasés, receberam terras a leste do Jordão; as outras nove tribos com a outra metade de Manasés, a oeste. Esta divisão de Canaã, que fez Josué por ordem de Deus, vem descrita em Josué 13.19. Grande parte desses limites divisórios é apenas provável pois muitas das cidades de fronteira mencionadas na bíblia ainda não foram identificadas com certeza. Como a arqueologia moderna já conseguiu localizar bom número de cidades fronteiriças antigas, alguns territórios já estão determinados com segurança, como por exemplo Issacar, Efraim, Manassés Ocidental.


OS REINOS DE ISRAEL E JUDÁ:

Após a conquista de Canaã pelo Povo Escolhido houve um período sem governo central em que só nos momentos difíceis é que um “juiz” suscitado por Deus assumia a chefia do povo. Em seguida, três Reis (Saul, Davi e Salomão) reinaram sobre todo Israel. Após a morte de Salomão, deu-se a separação entre as tribos do norte e do sul, resultando a formação de dois reinos: o de Judá, com as tribos de Judá e Benjamim, ao sul, governado pelos sucessores de Salomão; e o de Israel, ao norte, constituído pelo território das outras tribos, e que teve como primeiro Rei um aventureiro político, presságio da instabilidade que marcou a história. Embora muito menor que o seu irmão do norte, e menos próspero, o reino de Judá estava melhor situado sob o ponto de vista estratégico e tinha uma sólida tradição política. Embora também em declínio, ainda haveria de sobreviver a Israel por mais de um século.


O EXÍLIO DE ISRAEL.

No século VIII aC, Israel, o reino do norte, tornou-se vassalo do novo Império Assírio. Foi, por fim, esmagado quando Osias, seu último Rei, se recusou pagar os tributos. Sua capital, a Samaria, caiu em 722 aC, após três anos de sítio, e seus habitantes (mais de 25.000 de acordo com a narrativa Assíria) foram deportados para a Média e substituídos por povos trazidos da Babilônia, Cuta e outras cidades do Império. Destes povos vêem os Samaritanos do tempo de Cristo.


O EXÍLIO DE JUDÁ.

Pelos fins do século VIII aC, Judá, o reino do sul, tornou-se tributário do Império Neo-Babilônico, sucessor do Império Assírio. Em 588 aC, Nabucodonosor invadiu e destruiu o Reino de Judá para punir a tentativa do Rei Sadecias de estabelecer aliança com o Egito. Após um assédio de ano e meio, Jerusalém foi tomada, e milhares de judeus foram deportados cativos para várias partes do Império Babilônico. Mas este cativeiro não duraria muito pois, em 536 aC, tendo os persas suplantado o Império Babilônico, permitiram aos cativos regressar e reconstruir Jerusalém com seus muros e fortificações e também o templo.


DIVISÃO DA PALESTINA NO TEMPO DE CRISTO.

A divisão da Palestina no tempo do Nosso Senhor Jesus Cristo é o resultado das disposições do testamento de Herodes Magno que morreu no ano 4 aC: a Samaria, a Judéia e norte da Induméia foram deixadas para seu filho Arquelau, pouco depois deposto e substituído por um procurador romano. A Galiléia e a Peréia ficaram para Herodes Antipas; e o terceiro filho, Filipe, recebeu a Transjordânia, do Monte Hermon, ao norte, até o Rio Yarmuk, perto do Lago de Genesaré, pois a Decápolis ficou soba tutela do governador da Síria.
As cidades de Jânia, Azoto, Fasael e Arquelaida, deixadas por Herodes para sua irmã Salomé, reverteram para Roma e era administradas por um funcionário especial. Havia ainda outras cidades sob o controle especial: Ascalon, cidade livre sob a proteção de Roma, e Gaza, sujeita ao governador da Síria.


NORTE DA PALESTINA NO TEMPO DE CRISTO.

A Galiléia, situada ao norte da Palestina era considerada um distrito pagão por Ter considerável número de gentios e pagãos. Seus habitantes falavam um dialeto gutural, e os judeus consideravam os galileus corrompidos tanto na linguagem como na religião, em conseqüência de seu contato com os pagãos. Este território, apenas tolerado pelos judeus do sul, foi o cenário da vida oculta de Cristo e de grande parte de Seu ministério público: em Nazaré, cresceu e se fez adulto; em Canaã, operou o primeiro milagre; em Naim, ressuscitou o filho único de uma viúva. Muitos de Seus discípulos foram recrutados das aldeolas de pescadores da margem ocidental do Lago de Genesaré; e a cidade ribeirinha de Cafarnaum, situada na rota das caravanas para Damasco, tornou-se a Sua cidade (e quartel general). Como galileu, Nosso Senhor estava sujeito a Herodes Antipas; assim que, quando Pilatos soube que Jesus era galileu, tentou passar a responsabilidade do processo de Jesus para Herodes que estava em Jerusalém por causa da páscoa (Lc. 23, 5-7). Quase que por ironia, a desprezada Galiléia tornou-se, após a queda de Jerusalém em 70 dC., o centro do judaísmo e da tradição rabínica.


CENTRO E SUL DA PALESTINA NO TEMPO DE CRISTO.

Os habitantes da Samaria, a região central da Palestina, descendiam dos colonos estrangeiros para ali transferidos por Sargon II, após a queda da Samaria em 722 aC. No Monte Gazarizim, construíram um templo próprio, rival do de Jerusalém. Aceitavam parte da bíblia e esperavam o Messias, mas eram odiados e desprezados pelos judeus. Nosso Senhor, porém os estimava como se vê na cura do leproso samaritano, na parábola do bom samaritano, etc. A judéia, o coração tradicional da Palestina, era habitada pelos descendentes dos judeus que voltaram de Babilônia, após o exílio. Consideravam-se a aristocracia e o modelo do povo judeu. De fato, a judéia ficou famosa na História Sagrada. Foi a pátria dos patriarcas e, em Jerusalém, a antiga cidade de Davi, ficava o templo. Cristo nasceu em Belém, perto de Jerusalém, e alguns dos mais característicos acontecimentos de Sua vida pública tiveram lugar na Cidade Santa ou nos seus arredores. Bastaria lembrar a última ceia, a agonia no Horto do Getsêmani e o resto da paixão. Na judéia, são ainda dignas de nota: Betânia, Aldeia de Lázaro; Emaús, onde Jesus apareceu aos dois discípulos, após a ressurreição; o Monte das Oliveiras, de onde subiu ao céu.

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