Adicção, A.A., N.A., Doze Passos, Reflexões, Literatura, Clínica, Comunidade, Espiritualidade

TEMAS SOBRE ALCOÓLICOS E NARCOTICOS ANONIMOS, DOZE PASSOS, REFLEXOES, CLINICAS, COMUNIDADES, ESPIRITUALIDADE. ESPERO COM ESSAS MATERIAS, ESTAR COLABORANDO COM ALGUEM, EM ALGUM LUGAR, EM ALGUM MOMENTO DE SUA VIDA !

domingo, 4 de novembro de 2007

Fazer o bem sempre

FAZER O BEM NÃO POR APROVAÇÃO, MAS POR SATISFAÇÃO.

“Ora eu rogo a Deus que não façais mal algum, não para que sejais aprovados, mas para que vós façais o bem...; porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” (II Cor 13.7-8)

É interessante notar a postura que cada um de nós assume ante o compromisso de fazer o bem. Quase sempre desejamos que seja feito como idealizamos e não se podendo executar dessa maneira, preferimos nada fazer.
Vaidade ou fuga? Presunção ou preguiça? Melhor será que, diante de tal situação, examinemos com juízo qual é o sentimento verdadeiro que nos move a ação. A transferência no julgamento íntimo é base fundamental para que possamos encarar as nossas imperfeições e fragilidades.
Tentar a fuga do compromisso, imaginando que o outro é o culpado pela desistência é, no mínimo, uma atitude infantil. Pretender que somente a solução que temos para resolver a questão seja a única, por ser a melhor, e que, portanto, deve ser seguida por todos, mostra, certamente, quanto o egoísmo ainda se faz presente nas nossas atitudes, fazendo-nos imaginar que somos o centro do mundo, seja no círculo doméstico ou não.
Estamos inseridos em um grupo familiar que é, na verdade, uma terra fértil a ser cultivada. Não ignoramos seja o lar a primeira escola de amor que freqüentamos na nossa jornada evolutiva e, portanto, torna-se fundamental que aprendamos a lutar para que a harmonia ali se instale – e permaneça – entre todos os seus membros. É imprescindível verificarmos o quanto cada um pode fazer pelos demais, colocados que estamos, todos, no mesmo cadinho, ajudando-nos mutuamente a crescer moralmente. O nossa local de trabalho, também é, sem sombra de dúvida, uma terra a ser tratada, na medida em que nossos companheiros de trabalho, configuram-se como plantas a serem amparadas para que floresçam e produzam melhor.
Mas também vivemos em sociedade, em comunidades maiores que, com suas chagas sociais movimentam nossas emoções e nos oferecem imensas possibilidades de correção e aperfeiçoamento das nossas próprias mazelas, permitindo, a cada um de nós, um proceder honesto de apoio aos semelhantes com a força moral do bom exemplo. Não se resolve problema algum criticando a atitude do outro. Ensina-se com o exemplo. Aprende-se com ele. Gostaríamos, sem dúvida, de secar as lágrimas de todos sofredores da terra; entretanto, isso não é possível e, por causa disso, nada fazemos. Esquecemos que a pessoa, quando se sente só e desamparada, não precisa de muito. Bastam às vezes, palavras de conforto, de confiança, de compreensão do seu problema. Ela necessita, tão somente, compartilhar a sua dor, e essa atitude de solidariedade que podemos ter – e não nos custa nada – pode fazer toda a diferença para quem sofre.
Desejaríamos que nossos familiares não tivessem problemas, mas é impossível evitá-los. Todavia, nada e nem ninguém nos impede de ajudar aquele mais necessitado; e mesmo nessa impossibilidade, é possível cooperar para que a tranqüilidade na casa possa ser instalada.
Existem sobre o Planeta, é verdade, inúmeros desertos, mas também encontramos pequeninas fontes, fecundando o chão por onde passam. Deus sabe das nossas limitações e não podemos ter a pretensão de ser Seus colaboradores nas grandes obras – isso Ele realiza sozinho – mas sim, de nos conscientizar de que somos peças fundamentais nas pequeninas coisas.
Não nos é facultado corrigir todos os erros e extinguir todas as aflições que campeiam nas trilhas da existência, mas todos podemos atravessar o cotidiano, melhorando a vida e dignificando-a, em nós e em torno de nós.

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