Adicção, A.A., N.A., Doze Passos, Reflexões, Literatura, Clínica, Comunidade, Espiritualidade

TEMAS SOBRE ALCOÓLICOS E NARCOTICOS ANONIMOS, DOZE PASSOS, REFLEXOES, CLINICAS, COMUNIDADES, ESPIRITUALIDADE. ESPERO COM ESSAS MATERIAS, ESTAR COLABORANDO COM ALGUEM, EM ALGUM LUGAR, EM ALGUM MOMENTO DE SUA VIDA !

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

entrevista 11º passo

Pergunta: Qual é sua visão sobre a importância do 11º passo?

A oração e a meditação são nossos meios principais de contato consciente com Deus.
Muitas vezes pensamos que auxiliar outro alcoólico já é o bastante e ao esquecermos da prática da oração e meditação, ou só a praticando nos momentos de emergências, estamos recusando um suporte essencial ao bem estar das nossas mentes, emoções e intuições.
As práticas do auto-exame, da meditação e da oração estão diretamente interligadas. Usadas separadamente, elas podem trazer muito alívio e benefício, mas quando são relacionadas e interligadas logicamente, resultam em uma base inabalável para toda a vida.
Como nos foi dado perceber, é pelo exame de nossos próprios pensamentos e sentimentos que conseguimos que uma nova visão, ação e graça venham a influir no lado escuro e negativo de nosso ser.
Vamos querer que o bem que está dentro de todos nós, cresça e floresça. Sabemos que poucas coisas podem crescer na escuridão. A meditação é um passo em direção ao sol.

Pergunta: Mas o que é a oração e a meditação? Como podemos fazê-las e qual a diferença entre as duas?

Bem poderíamos começar desta maneira: primeiro procuremos uma oração que seja boa de fato. Não será necessário procurar muito. Iniciemos com uma que é clássica: a oração de São Francisco.
Meditando sobre ela, podemos sentir que primeiro ele quis tornar-se um “instrumento de paz”. Então ele pediu a graça de levar amor, perdão, harmonia, verdade, fé, esperança, luz e alegria a todos quantos pudesse. Depois veio a expressão de uma aspiração e de uma esperança para ele próprio. Ele esperava que se Deus quisesse, lhe fosse permitido ser capaz de encontrar alguns desses tesouros também. Isso ele tentaria realizar através do que chamou de dar de si mesmo. O que ele quis dizer com “é dando que se recebe” e como se propôs a conseguí-lo?
Ele achava melhor consolar e não ser consolado; compreender e não ser compreendido; perdoar e não ser perdoado.
Ao pensarmos em quanto valor dávamos, em outro tempo, à imaginação que tentava criar a realidade de dentro das garrafas, veremos que nada há de mal na imaginação construtiva.
A meditação é algo que pode ser desenvolvido. Ela não tem limites, é uma aventura individual que cada um realiza a sua maneira e o objetivo é o mesmo: melhorar nosso contato consciente com Deus, com sua graça, sabedoria e amor.
Já a oração, é a elevação do coração e da mente para Deus. O estilo comum de oração é uma petição a Deus. Mas seja ela qual for, faz-se necessário a extensão: “nos dê o conhecimento de sua vontade em relação a nós e forças para realizá-la”.
Nos momentos de fortes perturbações emocionais, manteremos nosso equilíbrio se nos lembrarmos de uma oração qualquer ou frase que, particularmente, nos tenha agradado e a repetirmos algumas vezes.
Devemos orar para que se faça a vontade de Deus, seja ela qual for, tanto para nós como para os outros. Devemos nos conscientizar de que Deus, efetivamente, “age de maneira misteriosa na realização de suas maravilhas” e ele conhece nossas necessidades e o momento certo de agir.
É importante sabermos que o amor de Deus vela sobre nós. Pensando assim, não mais nos sentiremos abandonados, amedrontados e sem objetivo na vida. Começamos a ver a verdade, a justiça e o amor com os valores reais e eternos e não mais unicamente com a nossa visão materialista dos fatos.

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