Complicações
emocionais com pessoas não são a única maneira de vincular perigosamente a
nossa sobriedade a algo alheio.
Jamais devemos ter a tendência de colocar
outras condições à nossa sobriedade, mesmo sem intenção.
Na adicção ativa, usávamos uma porção de “se” como desculpas para usarmos as nossas drogas de preferência.
Cada
um de nós pensava: eu não estaria bebendo ou usando assim se... Se não fosse por... Se eu
tivesse... e assim por diante, indefinidamente.
Deixávamos
que circunstâncias alheias a nós controlassem muito de nossas vidas.
É preciso
agora que estamos sóbrios, se vigiar para que o mesmo modo de pensar, cheio de
“se” dos nossos tempos de adicção ativa, sem que o sintamos, penetre em nossa vida de
abstenção de forma inconsciente e coloque condições à nossa sobriedade.
Vai ser
horrível pensar que a sobriedade é ótima, “se” tudo for bem, “se” nada der
errado.
A nossa recuperação tem que ser para nós, incondicional, não
admitindo em hipótese alguma a presença de qualquer “se” aconteça o que acontecer.
Pode levar
algum tempo para fazer penetrar essa convicção até a medula de nossos ossos.
Vincular
nossa sobriedade a qualquer pessoa (mesmo a outro alcoólico em recuperação ou a
qualquer circunstância é insensato e perigoso. Quando pensamos: “ficarei sóbrio
se...” ou “não beberei ou usarei por causa de...” etc., involuntariamente começamos a
beber ou usar tão logo a condição ou a pessoa mude. E qualquer uma delas pode variar a
qualquer momento).
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