Adicção, A.A., N.A., Doze Passos, Reflexões, Literatura, Clínica, Comunidade, Espiritualidade

TEMAS SOBRE ALCOÓLICOS E NARCOTICOS ANONIMOS, DOZE PASSOS, REFLEXOES, CLINICAS, COMUNIDADES, ESPIRITUALIDADE. ESPERO COM ESSAS MATERIAS, ESTAR COLABORANDO COM ALGUEM, EM ALGUM LUGAR, EM ALGUM MOMENTO DE SUA VIDA !

domingo, 4 de novembro de 2007

O Corpo de Jesus

DEVANEIOS SOBRE O CORPO DE JESUS.

O Desaparecimento do Corpo de Jesus.

Um dos grandes mistérios tem sido a questão do que teria acontecido com o corpo de Jesus. Não que isto seja de vital importância, dá-se mais a título de curiosidade, porém, não deixa de ser um assunto palpitante. Tempos atrás um filme chamado “O Corpo”, estrelado por Antonio Banderas, mostrava a Igreja católica em situação complicada com a possibilidade de terem encontrado o túmulo de Jesus, com o corpo dentro. Isto poria a teoria da ressurreição em xeque, praticamente um xeque-mate, caso fosse comprovado que o corpo do Mestre nunca saíra, de fato, de Seu túmulo. Em que pese ser uma ficção, ainda que fosse verdade, para a teologia isto pouco importaria, muito pelo contrário, reforçaria algumas teses de que Jesus teria vivido entre nós, num corpo material denso, como o nosso, porém, e que após Sua morte se apresentara aos apóstolos com Seu corpo espiritual. Justificar-se-iam palavras como “não me toques”, a Maria Madalena, pois provavelmente não se encontrava materializado naquele instante em que ela o via, evidentemente através do fenômeno da clarividência e clariaudiência. Justificar-se-iam também fatos como, mesmo materializado, podendo ser tocado por Seus discípulos, aparecer e desaparecer dentro de um recinto fechado, por exemplo. Também, o fato de que nem todos o viam sempre, notoriamente, nestes casos, dando-se a ser vislumbrado através da clarividência, que nem todos possuíam. Reforça teorias de que Ele se apresentava em espírito, após Sua morte.
Admitindo-se que os relatos do Novo Testamento tenham chegado até nós com fidelidade, o que se trataria de um verdadeiro “milagre”, ainda que estes não existam de fato, tudo tendo explicação racional e lógica, sempre dentro dos fenômenos da natureza, mas, não podendo desconsiderar o concurso da espiritualidade agindo para a consecução deste “milagre”, a fim de garantir o máximo de precisão na chegada destes relatos até nós. E, em sabendo, que Jesus não transgrediria as leis de Deus e que nem poderia fazê-lo, como admitiu, pois que criatura seria capaz de mudar a lei do criador? Em não transgredindo e também não podendo mudá-la, não poderia ter ressuscitado Seu próprio corpo. Teria de ter aparecido em corpo espiritual. Então, onde teria ido parar Seu corpo? Se os relatos são verdadeiros e o corpo não foi ressuscitado de fato, onde ele teria ido parar?
Que ele sumiu, admitindo-se os relatos verdadeiros, disto ninguém duvida. Isto é um fato. Onde teria ido parar então? Quem o roubou? Teriam sido os apóstolos, para justificar a ressurreição? Talvez, mas como explicar depois a convicção com que afirmaram o Mestre vivo, depois de morto? Teriam sido mentirosos e hipócritas assim? Ao que tudo indica nossa foram verdadeiros e testemunharam, em verdade, um fenômeno que não entenderam, ou melhor, que entenderam como ressurreição, porém, um fenômeno que lhes garantiu a fé.
Teriam os fariseus roubado o corpo? Não, porque estes tinham interessem em mantê-lo no túmulo, para desacreditar Jesus, que dissera que ressuscitaria ao terceiro dia. tanto é que solicitam aos homens uma guarda na porta, para proteger o túmulo.
Mesmo assim, o corpo sumiu. A pesada pedra que o fechava, foi aberta. E o corpo desapareceu. Ora, sabemos hoje que não houve ressurreição. Mesmo Lázaro não ressuscitou, como afirmou o próprio Jesus, não estava morto, apenas dormia ou teve catalepsia. Mas o corpo de Jesus morreu. Então o que teria acontecido? Possivelmente supõe-se, que a espiritualidade removeu a pedra, desmaterializou-o, tudo para garantir o sucesso do Evangelho, de garantir aos apóstolos a certeza da ressurreição. Não vendo o corpo no túmulo e podendo tocá-lo, teriam esta certeza.
Um logro? Não! Nem sempre os fins justificam os meios. Mas neste caso justificaram. Seria muito mais fácil fazer o Evangelho vingar, explicando a vida após a morte, não tendo e vendo o corpo de Jesus apodrecer no túmulo.
Este raciocínio é muito plausível e, não tendo sabido de outro melhor, admito-o como sendo o que melhor explica estes fatos.
A frase de Caifás, não contida nos evangelhos, mas inserida no filme “O Rei dos Judeus”, quando este entra no túmulo e não vê o corpo, é sucinta mas diz bastante: “agora tudo começou”.
Começou, sem dúvida, naquele dia, porém, ainda não vimos o final deste filme real, que continua a passar dia após dia na nossa vida, e instiga a imaginação de todos nós, cristãos.

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