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sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Dominando o vício

 

O vício começa quando buscamos a coisa certa que é nosso prazer, no lugar errado.
Em todas as culturas e épocas os homens sentiram a necessidade de uma experiência estática, de alegria que transcende a realidade cotidiana.
O álcool, as drogas e o comportamento sexual perigoso são essencialmente reações materiais a uma necessidade que não possui realmente uma base física.

As pessoas procuram evitar a dor e sentir prazer. Se perdermos o contato com nossas fontes internas de alegria, se a felicidade que se origina fora de nós mesmos é a única que conhecemos, então essa é a experiência que iremos buscar em nós. Dependendo das circunstâncias, esse empreendimento pode ser positivo e proveitoso. Lamentavelmente, esse também pode se manifestar como o vício em suas múltiplas formas. Vivendo num mundo de dor e violência, uma pessoa poderá encontrar um tipo de escape que lhe proporcionará prazer. A repetição dessa escolha se transforma em necessidade e compulsão. Na vida de certas pessoas altamente emocionais, existe sempre uma experiência que passa a dominar todas as ações futuras enquanto o indivíduo se esforça para recriar a simulação externa desse momento único. Esta é a descrição do comportamento do vício. Depois de praticarmos uma ação específica, ela é permanentemente gravada no nosso ser, junto com seus componentes igualmente duradouros da memória e do desejo. Para tudo o que dizemos, falamos ou pensamos, uma tríade (ação – memória –desejo) é codificada em nossas mentes, e esse código simplesmente não pode ser apagado. Não devemos tentar “nos livrar” das memórias e desejos subjacentes ao comportamento do vício. Devemos nos concentrar em criar sentimentos novos e altamente positivos que ofusquem os impulsos destrutivos do vício e os tornem impotentes. Uma verdadeira camada de problemas mentais, físicos, espirituais e emocionais, isola o viciado do mundo exterior e de suas verdadeiras necessidades e sentimentos. A memória da perfeição interior, uma vez desperta, gera um desejo mais forte do que o vício em si. É o alerta espiritual. É possível recorrer à experiência da alegria que ainda está disponível. É preciso que se conheça a experiência do verdadeiro prazer para poder renunciar as sensações dos comportamentos de vício. E o primeiro passo em direção ao conhecimento da alegria é simplesmente conhecer a si mesmo. O bem estar mental, físico e espiritual é o mesmo que alegria.

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